Em levantamento feito pela Polícia Militar de Minas Gerais a pedido da ACESSA.com, o número total de de acidentes de trânsito entre o dia 1º de janeiro e o dia 26 de outubro é de 4.898, sendo 1.313 registros com vítimas e 3.585 sem vítimas. Entre os acidentes com vítimas, o tipo de ocorrências com mais notificações foi de colisão lateral, com 351 episódios e atropelamento de pessoas, com 228 casos.
O total de acidente de 2022 está próximo do que foi registrado nos anos anteriores. Nos números consolidados, 2021 teve 5.510 sinistros totais, enquanto 2020 teve 5.389. Com pouco mais de dois meses até o fim do ano, é provável que o número se aproxime ainda mais do que foi observado nos anos anteriores.
Com o início do reforço na fiscalização eletrônica do município com novos pontos, em maio de 2022, há a expectativa de uma redução nos acidentes. No entanto, conforme o engenheiro de mobilidade urbana e professor do Apogeu, Lucas Aguiar, ainda é cedo para identificar os efeitos da medida. "Não é possível afirmar a eficácia dos radares em maio de 2022, visto que os números estão muito próximos dos números de 2021 e 2020 e ainda temos dois meses para finalizar o ano de 2022. É bem provável que esses números vão aumentar, chegando próximo, ou até mesmo ultrapassando os números desses anos."
Conforme matéria da ACESSA.com na última terça-feira (25), a previsão da Prefeitura de Juiz de Fora de arrecadação com os radares é de cerca de 2 milhões por mês, sem considerar a taxa de inadimplência, que pode diminuir, em parte, esse valor. Os valores arrecadados depois do funcionamento dos 54 pontos de fiscalização eletrônica, em maio, já se aproximam de todo o valor previsto para ser arrecadado em 2021: R$ 9.643.920,28.
Durante todo o ano de 2021 foram 48.602 multas aplicadas. De junho a setembro deste ano, com os equipamentos funcionando, foram 45.284 multas.
Sobre a relação da fiscalização eletrônica com o impacto no número de acidentes, é preciso esperar mais, para ter uma ideia mais clara, conforme o especialista em Mobilidade Urbana, José Ricardo Daibert. Segundo ele, o que se observa na série histórica, é que há uma diferença entre os dados de 2021 e 2019, porque entre 2020 e 2021, a pandemia de Covid-19 reduziu a circulação de pessoas e, com isso, houve uma queda de 22%, 23%, nos acidentes com e sem vítimas."O que era de se esperar, pela redução de mobilidade geral, isso é comprovável. Quando a gente olha para os dados de 2022, ainda que com a restrição de que eles são de janeiro a outubro, ainda tem mais meses para serem incluídos, eles não nos permitem inferir que a queda se manterá".
Daibert explica que o número de acidente com vítimas deve apresentar queda, inclusive, em relação ao período pandêmico. "O que nos indica o seguinte, há algum fator externo além da redução da mobilidade que já não acontece em sua totalidade. O quanto a instalação dos radares é importante nessa redução, nós não sabemos,mas sabemos que é. Também sabemos que a instalação de radares reduz velocidade e que a redução de velocidade reduz acidentes e preserva vidas. Agora é esperar essa série histórica para confirmar esses dados", projeta.
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