Um depósito de recicláveis foi interditado durante a Operação Hefesto VI realizada pelas forças de segurança nesta terça-feira (28), na Avenida Brasil, em Juiz de Fora. De acordo com o Corpo de Bombeiros, autor da interdição, o local apresentava risco iminente de incêndio pelo alto acúmulo de material inflamável, sem a presença de extintores e de rotas de fuga.
Ao todo, cinco estabelecimentos foram vistoriados na área central. Outros dois receberam advertência escrita, por inexistência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e por não dispor de meios preventivos a incêndio.
De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, a Fiscalização de Posturas emitiu quatro autos de infração. Um dos locais fiscalizados não possuía cadastro de materiais em cobre, documentação exigida para todos os estabelecimentos que comercializam o metal, desde o último ano, em razão da vigência da lei 14.391, criada com o objetivo de reduzir a venda de materiais furtados na cidade. Os outros autos indicaram irregularidades referentes à obstrução de via, falta de cobertura adequada no local e falta de alvará de localização.
Operação Hefesto
Em sua sexta edição, a ação reúne as forças de segurança em um trabalho articulado, com foco em depósitos e ferros velhos, tendo o objetivo de coibir o comércio irregular de materiais furtados e de verificar o cumprimento de legislação específica para o setor. Participaram da operação órgãos da Prefeitura de Juiz de Fora e do estado. Policiais militares, civis, guardas municipais, bombeiros e fiscais de posturas compuseram as equipes mistas para diligências aos pontos predeterminados.
A operação Hefesto busca combater o crime de receptação, caracterizado pela compra de materiais furtados e cuja pena pode variar de três a oito anos de reclusão. Por consequência, a ação leva à inibição da prática de furto de cabos elétricos, tampos metálicos e demais materiais que acabam sendo comercializados em depósitos e ferros velhos. A fácil negociação desses artigos vem causando intensos prejuízos aos serviços públicos e à população. Além do dano material e dos custos de manutenção, que saem dos cofres públicos, serviços essenciais como abastecimento de água, luz, internet e até a mobilidade urbana são interrompidos, comprometendo a normalidade da vida da cidade.
Além desta frente de atuação, Juiz de Fora conta com instrumentos administrativos voltados para a regularização do comércio de materiais metálicos. Em abril de 2022, foi publicada lei municipal, que exige cadastro de origem dos materiais em depósito. A norma é um importante dispositivo para frear os crimes de furto e receptação. A partir dela as empresas estão obrigadas a manter cadastro atualizado dos fornecedores dos itens adquiridos para apresentação aos órgãos fiscalizadores.
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