A segunda onda de calor da primavera deve marcar as maiores temperaturas de 2023 a partir deste fim de semana, como destaca o professor de Geografia e idealizador da página Tempo e Clima JF, Renan Tristão. Dessa vez, o fenômeno atinge a Zona da Mata, diferente do que ocorreu em outubro, quando as temperaturas ficaram maiores na região do Centro-Oeste. O cenário é formado por uma massa de ar quente e seco ganha força sobre a região central do Brasil no decorrer dos próximos dias.
O evento que é um sistema de alta pressão, conhecido como “cúpula de calor”, conforme Renan, se expande e ganha força no fim de semana. "Nós devemos ter, mais uma vez, recordes de temperatura alta em 2023. Isso a partir do domingo (12), se estendendo ao longo da semana que vem. Temperaturas máximas que podem variar os 36 aos 38 graus", adianta Renan. O que significa dizer, conforme o professor, que é uma onda intensa e de grande duração.
"Por causa desse forte calor, algumas tempestades isoladas podem acabar se formando. Isso pode até ajudar a dar um alívio momentâneo no calor em algumas tardes ou noites. Principalmente entre a quarta-feira (15) e a e sexta-feira (17), essa chance é maior. Mas em todo caso, o predomínio realmente vai ser de temperaturas muito acima da média". Nas cidades mais quentes, como Ubá, Cataguases, Leopoldina e Muriaé as temperaturas poderão se aproximar dos 40 graus. Não há previsão para chuva nesses dias.
Por conta dessa configuração, o professor salientou que é fundamental que as pessoas mantenham uma hidratação constante, evitando atividades físicas ao ar livre, especialmente, entre as 12h e as 16h, período de pico de calor. "Usar bonés, usar roupas leves, evitar comidas pesadas para facilitar a digestão. A recomendação principal de fato é a hidratação, pelo menos três litros de água por dia", reforça.
Renan ainda comenta que as mudanças climáticas, que têm provocado uma série de eventos extremos, como a ressaca que vitimou um adolescente de 16 anos no último domingo (5), com ondas gigantes que atingiram o Rio de Janeiro, em especial, Ipanema e Leblon, aceleram a frequência deste tipo de onda de calor. "Uma onda de calor como essa, que demoraria, vamos dizer, por volta de 30, 50 anos, a sua repetição, a sua recorrência, tem se tornado cada vez mais comum, justamente por causa das mudanças climáticas."
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