Quinta-feira, 6 de outubro de 2011, atualizada às 10h11

Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta e decidem manter greve em Juiz de Fora

Victor Machado
*Colaboração
Faixas de protesto dos trabalhadores dos Correios

A greve dos trabalhadores dos Correios em Juiz de Fora continua por tempo indeterminado. A decisão de recusar a proposta apresenta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e região (Sintect/JF), em assembleia realizada na última quarta-feira, 5 de outubro. A categoria espera que uma nova proposta seja apresentada. 

Segundo o presidente do Sintect/JF, João Ricardo Guedes, a rejeição foi uma decisão não só de Juiz de Fora, mas de grande parte dos sindicatos do país. A proposta rejeitada previa reposição da inflação de 6,87%, retroativa a agosto, e um aumento real de R$ 80, a partir de outubro. Além disso, dos 21 dias de greve, 15 seriam compensados em finais de semanas e seis seriam descontados a partir de janeiro de 2012, parcelados em 12 vezes. "[A proposta] Não agradou à categoria e decidimos pela rejeição e pela continuidade da greve." Para ser aprovada, a oferta deveria ser aceita por, pelo menos, 18 dos 35 sindicatos que integram a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

Na última terça-feira, 4 de outubro, a categoria abriu mão do abono de R$ 500 oferecido pela empresa em troca do pagamento do aumento real de R$ 80 a partir de outubro. O aumento está previsto para acontecer apenas em janeiro. Ainda havia a previsão de que a empresa devolvesse os seis dias que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar e fazer o desconto, posteriormente, na proporção de meio dia de trabalho por mês. Porém, a decisão dos Correios em manter os descontos dos dias de greve foi um dos principais pontos de divergência.

*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken