A vereadora Nair Guedes come?ou seu envolvimento com a pol?tica ainda adolescente. Quando fez parte do movimento estudantil secundarista. O curso superior tamb?m foi escolha pol?tica: Servi?o Social, que come?ou a fazer em Belo Horizonte, em 1964, na PUC Minas e terminou na Fran?a por conta do ex?lio pol?tico.
? medida que foi aprofundando-se na Ditadura, sua luta ia tornando-se mais forte em frentes como "A??o Popular", da Igreja Cat?lica. Conforme a persegui??o do governo aumentava, Nair e sua fam?lia tinham que viver na clandestinidade. Em 1968, trabalhou como oper?ria em S?o Paulo. Tamb?m trabalhou em campos em Goi?s. Foi presa em Recife. De l?, conseguiu uma forma de burlar a pol?cia e se exilou na Fran?a, entre 1974 e 1979, com filhos pequenos. O mais novo fez dois anos l?.
De mulher para mulheres
Em fun??o da profiss?o, Nair trabalhou como assistente social na Fran?a.
Assim, esteve em contato com a quest?o feminina. Ela lidava com mulheres
estrangeiras que tinham conflitos conjugais e sofriam viol?ncia. "Havia profunda desigualdade em rela??o a mulher. At? por quest?es
culturais. Mulheres estrangeiras queriam obter
concess?es nos costumes da terra natal no novo pa?s, enquanto seus
companheiros eram contra", esclarece a professora.
Ao voltar para o Brasil, nos anos 80 foi morar em BH. O marido era estudante de medicina na UFMG. A imprensa era mais livre. J? transmitia not?cias de viol?ncia contra a mulher. As mulheres come?aram a se reunir para conquistar mais espa?o e respeito de seus direitos, influenciadas tamb?m pela volta das feministas exiladas.
Em 1980, nasce o Centro da Mulher Mineira, em Juiz de Fora, e o movimento de pioneiras como Tereza Leite e Celma Estiguer com os primeiros debates de sensibiliza??o. A luta feminina por creches come?a dar seus primeiros resultados com a constru??o de creches p?blicas no primeiro mandato de Tarc?sio Delgado em 1982. Em 1986, surge a Delegacia de Mulheres.
A vereadora acredita que, aos poucos, as mulheres est?o participando da administra??o p?blica e privada. "Mas o acesso ao poder ainda ? bastante dif?cil. Os partidos s?o obrigados por lei a destinar, no m?nimo, 30% de suas vagas para mulheres. Mas, s? lembram disso em ?poca de elei??o. N?o d?o nenhuma estrutura para a participa??o da mulher, como locais para deixar as crian?as durante as reuni?es, por exemplo", afirma.
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