Geraldo Rodrigues gosta tanto de antig?idades quanto de coisas modernas. Para ele, o interessante s?o as tecnologias extremas
Geraldo Corr?a Rodrigues (foto abaixo) ainda era crian?a quando se encantou pelo r?dio. O pai ficava ouvindo futebol e o pequeno Geraldo, com oito anos, dan?ava ao som do rock que havia estourado na ?poca. "Escutava muito o Jerry Lee Lewis", lembra Rodrigues.
Seu pai tinha um RCA, Q110 (veja o r?dio ampliado) "Todo oper?rio tinha um r?dio destes na ?poca. Era bem famoso, na ?poca em que Juiz de Fora ainda era conhecida como Manchester Mineira", conta seu Geraldo.
Mas havia um por?m. Para comprar um r?dio somente com a autoriza??o do Minist?rio da Avia??o e Obras P?blicas."O documento era exigido at? 1962. "Muita gente nem sabe que isto exisitia", enfatiza.
O documento seria equivalente a um IPVA, que devia ser pago, com possibilidade de multa. E n?o ? que Rodrigues tem o original do recibo? Olha o documento ao lado. E este ? somente um dos documentos que Rodrigues tem guardado.
Existem tamb?m documentos relativos ? atividade da radiofonia no Brasil e at? mesmo pe?as como um abajur que ? ventilador ao mesmo tempo.
O museu
Todo r?dio antigo que via, Rodrigues comprava ou ganhava. A casa come?ou a
ficar pequena para a quantidade de r?dios. Resolveu montar um museu. Mas
nada de um museu em quatro paredes de tijolo e concreto. O interessante era
montar em um vag?o. E foi o que aconteceu em 1? de novembro de 1992.
O vag?o fica na Esta??o do Mariano Proc?pio, em um terreno. A vontade de Rodrigues era deixar o vag?o em cima dos trilhos desativados que tem na Esta??o, embaixo da parte que era coberta, e que foi derrubada pela chuva h? tr?s meses. Se tivesse feito isso, provavelmente o museu estaria destru?do. Outra id?ia, ? colocar as pe?as em exposi??o dentro da esta??o. "Ficaria mais protegido e n?o daria tanta despesa como o galp?o d?", explica Rodrigues.
O museu tem 332 aparelhos de r?dio e 80% deles est?o funcionando. Os 20% que n?o funcionam est?o na manuten??o. Prevenido, Rodrigues tem 500 v?lvulas reservas. As compras s?o feitas em ferro-velho e feiras-livres, mas em outras cidades. "Em Juiz de Fora eu n?o encontro esses materiais", diz.
A nova aquisi??o de Rodrigues deve ser o gramofone da faculdade de Comunica??o Social da UFJF. Como n?o est? sendo usado e eu tenho interesse, ? capaz de eu conseguir", fala animado. A pr?xima viagem de Rodrigues ? para a cidade de Arax?, MG. Ele n?o sabe o modelo, mas a pessoa que entrou em contato disse que o r?dio ? grande e feio...
Outra tentativa ? com alguns aparelhos do Ex?rcito de Juiz de Fora, mas primeiro Rodrigues precisa provar que ? colecionador.
Outros interesses
Al?m das viagens para descobrir novos equipamentos, Rodrigues est? sempre atualizado
com as novas tecnologias.. Tem revistas que falam
dos modelos de r?dios, assina revistas especializadas e revistas que falam
de tecnologia em geral. Rodrigues comentou, por exemplo, da roupa que ter?
tinta el?trica. "? magn?fico. Imagina a comunica??o feita atrav?s da roupa.
As guerras, com certeza v?o usar esse invento", diz entusiasmado.
Tamb?m tem interesse por autom?veis antigos, afinal ? a ?rea em que trabalha. "Tenho um carro antigo e viajo com ele nos encontros de autom?veis". Rodrigues diz que ? importante saber de tudo, por isso tem livro sobre charutos, vinhos, gravatas...Segundo Rodrigues, no ramo das antig?idades, t?m muitas pessoas de classes sociais mais altas e ? preciso estar sempre atento e atualizado.
Rel?gio, quadros, canetas, posters, chave de trem fazem parte das preciosidades de Rodrigues.
Veja algumas fotos das raridades do Museu e de
Rodrigues
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