Museu que foi inaugurado em 1992 corre o risco
de ser fechado por falta de seguran?a
S?lvia Zoche
04/06/04
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O r?dio fascina muitas pessoas at? hoje. O aparelho permite imaginar quem est? do outro lado, quem ? o dono da bela voz, como ? o rosto do locutor ou locutora preferida.
O r?dio instiga a imagina??o e, porque n?o dizer, que ? um bom companheiro. Quem n?o conhece algu?m que faz seu trabalho antenado nas not?cias e nas m?sicas do r?dio?
A hist?ria e a evolu??o do r?dio despertou ainda mais o interesse de Geraldo Corr?a Rodrigues, que j? se entrosava bem com o aparelho desde que se entendia por gente.
Rodrigues, que morava perto da linha de trem, desde menino, na rua Teresa Cristina, juntou as duas paix?es e montou o museu do r?dio em um vag?o de trem (foto acima). Com a privatiza??o da ferrovia, Rodrigues sabia que alguns vag?es seriam desativados e conseguiu um vag?o de a?o. "Na verdade, eu queria um vag?o de madeira. Mas uns amigos me falaram que seria muito dispendioso", diz Rodrigues.
O museu, inaugurado em 1992, sempre foi mantido com recursos pr?prios e, desde ent?o, foi aberto ? visita??o do p?blico. Rodrigues, que n?o se intitula um colecionador de r?dios e sim um idealizador do museu, passa por um momento dif?cil. Como manter o museu que funciona em um vag?o de a?o?
H? tr?s meses, o telhado da Esta??o do trem caiu e isso interferiu no abastecimento de ?gua e luz, que n?o existe mais. Para lavar o vag?o de a?o, quatro homens demoram cerca de cinco horas. E o pre?o da limpeza chega a R$1.200.
Desde que a Pol?cia Militar saiu da Esta??o do Mariano Proc?pio, as tentativas de assalto aumentaram. Para se prevenir, Rodrigues colocou um dispositivo para dar choque. Com isso, ele pensa at? em desativar o museu. "Para manter est? dif?cil e com a inseguran?a fica mais complicado", explica.
A divulga??o do museu ? feita no boca-a-boca. Antigamente, fazia livretos com resumo da hist?ria do r?dio em Juiz de Fora e no Brasil. Como ? mais uma despesa, ele divulga o museu atrav?s das palestras que d? em col?gios e faculdades.
Rodrigues nem tem mais tanta vontade de divulgar o acesso ao p?blico. "Uma vez, vieram 35 pessoas aqui. Algu?m me roubou um r?dio Mitsubishi", diz.
Emprestar suas rel?quias a produ?es de novelas? J? desistiu. "Eles n?o t?m cuidado", diz. Mas ele ainda aluga os aparelhos para quem precisa fazer exposi??o ou algo parecido.
Sua paix?o pelos r?dios n?o deixa Rodrigues parar. Ele viaja o pa?s inteiro em busca de novos modelos. "Quanto mais velho, grande e feio, mais eu gosto", brinca. E l? vai Rodrigues pelas estradas do Brasil em busca de novos modelos e novos xod?s.
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