Dando continuidade a nossa visita ? cidade de Juiz de Fora atrav?s de seus textos liter?rios, optamos por focalizar, agora, nosso rio, nosso famoso Paraibuna.
Jos? Proc?pio Teixeira Filho nos d? o significado etimol?gico de seu nome: Para-hy-buna, significa no idioma tupi, rio das ?guas escuras.
O rio, ambivalente por corresponder ? for?a criadora da natureza e do tempo, simboliza, de um lado a fertilidade e o progressivo umedecer da terra, e, do outro, o transcurso irrevers?vel. Ele passa, deixa seu rastro, mas n?o volta nunca mais. O tema do rio ? trabalhado reiteradamente, o que comprova a liga??o visceral do homem com o elemento l?quido da cidade origin?ria. E o rio Paraibuna ? tema de mais de quatro dezenas de seus escritores, dos quais alguns registros est?o selecionados.
Belmiro Braga humaniza o rio como algu?m que tamb?m tem seus tormentos, comparando suas quedas a l?grimas que jorram do ser que sofre. Dilermando recorre ao rio f?rtil para mostrar a import?ncia de nossa Juiz de Fora, assim como Albino Esteves que ressalta a natureza pr?diga que abriga o rio l?mpido, pot?vel, em torno do qual ir? florescer o imagin?rio dos escritores e poetas. Rangel Coelho segue o fluxo do Paraibuna em suas variantes de enchentes e secas, como o faz tamb?m brilhantemente nosso centen?rio Pedro Nava. Wilson de Lima Bastos trabalha o tema do rio e sua import?ncia para a forma??o da cidade, lamentando sua polui??o, o descaso dos homens para com a natureza.
J? Almir de Oliveira, saudoso, lembra-se daquele rio onde se podia nadar e onde peixes eram pescados... O ziguezague do Paraibuna dialoga com os cidad?os no contexto temporal noturno dos versos de Cleonice Rainho. Dormevily N?brega, tamb?m lamentando a polui??o do Paraibuna, v? a possibilidade de reverter esse quadro e com isso lan?a um lema em favor do rio. Aymar Lopes mostra o lugar privilegiado do rio no sentimento do poeta e chora a perda dos sonhos. Numa trova, Aloysio Alfredo Silva declara seu amor ao Paraibuna, mesmo n?o vendo o rio ser atendido por uma boa pol?tica ambiental. Dnar, o pintor da cidade, retrata-o com pincel e pena, colorindo sua generosidade. Affonso Romano de Sant'Anna, em versos de amor ? sua terra, conta a hist?ria de um rio sinuoso e violento que se torna calmo e suave pela mudan?a de seu leito. Em seu texto dram?tico, Jos? Luiz Ribeiro resgata a inf?ncia nas brincadeiras dentro do rio.
As ?guas do Paraibuna abolem nossas fronteiras e nos levam para o mundo, segundo o vision?rio Jos? Alberto Pinho Neves. E Jos? Santos Matos mostra aquele rio que banha a parte baixa da cidade. Vanderlei Tomaz mapeia um rio maltratado e clama por solu?es. E, por fim, fechando uma enorme lista de nomes que cantaram o Paraibuna, mas que aqui n?o aparecem por simples quest?o de espa?o, o jovem Knorr, com olhar cl?nico, diagnostica o pulsar de um rio cuja exist?ncia est? nas m?os dos habitantes desta nossa Juiz de Fora. Eis os fragmentos dos textos de nossos escritores:
Leia alguns poemas:
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