Menos gente, mais assinaturas
? espera da decis?o da Justi?a, estudantes fazem protesto esvaziado e recolhem assinaturas no Cal?ad?o

Ricardo Corr?a
Rep?rter
23/02/2006

Leia tamb?m uma retrospectiva com tudo o que aconteceu desde que os estudantes foram para as ruas protestar contra o aumento da passagem. Clique ao lado!

Leia!


Esvaziou. Quem viu o protesto dos estudantes nesta quinta-feira, dia 23 de fevereiro, no Cal?ad?o da Halfeld, ficou com essa impress?o. Mas as an?lises sobre a diminui??o do movimento n?o foram a ?nica coisa que os manifestantes conseguiram arrancar de quem passava pela rua. Eles conseguiram tamb?m assinaturas.

Se o movimento nem de longe atraiu uma quantidade consider?vel de estudantes (eles n?o eram mais do 50), pelo menos no papel as coisas melhoraram. Em alguns momentos havia at? fila para assinar o abaixo-assinado que ser? levado ao Minist?rio P?blico, mostrando a insatisfa??o da popula??o contra o aumento da passagem para R$ 1,55.

Em parte, aconteceu o que j? se previa nos corredores da Prefeitura h? algumas semanas: o carnaval iria esfriar os ?nimos e diminuir o ritmo dos protestos. Foi o que ocorreu, mas a PJF espera que, depois da folia, o movimento j? esteja extinto. Os l?deres do movimento estudantil, no entanto, avisam: s? existe uma chance de o movimento parar.

"Depois do carnaval vamos continuar, mas podemos parar se a Justi?a determinar a redu??o da passagem por 30 dias. Ent?o estamos esperando para ver os rumos que a Justi?a vai tomar Vamos nos guiar por isso. Se o resultado n?o for favor?vel, vamos continuar. Com todas as dificuldades de uma v?spera de carnaval, conseguimos fazer o ato. E s? panfletamos, o que n?o deixa de ser um voto de confian?a na Justi?a", explica Maicon Chagas, coordenador do DCE, que j? espera uma resposta da ju?za Maria L?cia Caruso para a pr?xima semana.

Com muito menos gente, os manifestantes n?o pararam o tr?nsito. Na verdade, se tentassem isso, dificilmente iam conseguir. A Pol?cia j? tinha ordens para n?o permitir a interrup??o do tr?fego e, por pouco, o n?mero de soldados n?o era maior do que o de manifestantes. Mas a nova forma de protestar, apenas pegando assinaturas, parece ter agradado a popula??o, que aderiu e assinou o abaixo-assinado, depois de convencidos pelos estudantes que panfletavam em frente ao Banco do Brasil. A id?ia das lideran?as ? reunir pelo menos 5 ou 10 mil assinaturas para levar ao MP.

"Est? muito espalhado, mas acredito que j? temos umas 3 mil assinaturas", explicou Maicon Chagas, antes do novo ato. Certamente o n?mero aumentou muito depois da tarde no Cal?ad?o.

Na Justi?a
Se nas ruas a luta esfriou, nos tribunais est? cada vez mais quente.

Essa semana, a Prefeitura entrou na Justi?a contra os estudantes. Na a??o cautelar, movida na Vara de Fazenda P?blica Municipal, a Prefeitura quer responsabilizar os l?deres do movimento para casos de picha??o e vandalismo durante os atos. A multa di?ria pode chegar a R$ 50 mil.

"Isso n?o muda nada. S? confirma a posi??o da Prefeitura, de n?o querer negociar com os estudantes e de n?o aceitar os protestos leg?timos. ? mais uma tentativa de intimida??o, mas n?o vamos nos amedrontar, pois acreditamos na Justi?a", responde Maicon Chagas.

Por outro lado a PJF foi obrigada a enviar ? Justi?a uma explica??o sobre o aumento das passagens, o que j? foi feito. Agora a ju?za vai analisar as planilhas e justificativas da Gettran antes de decidir se d? ou n?o 30 dias para o Minist?rio P?blico analisar os dados do aumento da passagem em JF, que chegou a 18,33%. O promotor Paulo C?sar Ramalho quer que a passagem recue para R$ 1,30 durante esse per?odo e a decis?o n?o tem data para sair.

Leia mais:
Manifesta??o na retrospectiva dos atos, preparada pela ACESSA.com