Carnavalesco

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Com muita criatividade e jogo de cintura,
carnavalescos falam sobre o seu trabalho ?s v?speras da folia


Cria, desenha, corta, costura, prega, cola, borda.... Voc? se imagina executando todas essas fun?es? Pois essa ? a miss?o dos carnavalescos de todo o Brasil.

Al?m de elaborar um enredo para sua Escola de Samba, esses artistas do povo s?o respons?veis pela composi??o das fantasias, organiza??o das alas e de cada detalhezinho que voc? v? na avenida. Tudo isso, com o apoio de outros profissionais, como alegoristas, core?grafos, costureiros, marceneiros, etc.

Quanto se trata de "suor por metro quadrado" a realidade de um carnavalesco juizforano n?o se difere dos produtores de grandes desfiles, como os do Rio de Janeiro e S?o Paulo. ? claro que as propor?es s?o menores, mas os recursos das equipes tamb?m s?o reduzidos. O veterano Alo?sio Costa (foto acima), que desde 1978 atua no Carnaval da regi?o, acredita que a criatividade tem que ser ainda maior em cidades pequenas, j? que o or?amento ? apertado.

Neste ano, ele prepara o desfile da Partido Alto e sintetiza com bom humor a miss?o do carnavalesco: trabalhar, trabalhar e trabalhar! Ele revela que, nas ?ltimas semanas de prepara??o para a folia, perde noites de sono, mesmo quando est? bem adiantado. "N?o tem outra alternativa", diz.

Para o enredo de 2005, que homenageia Clara Nunes, ele teve que criar diferentes fantasias (fotos acima) para as alas Mar, Portela, Morada dos Orix?s e Origens. "O meu grande desafio ? trazer a Partido Alto de volta ao 1? Grupo. Quero tamb?m mostrar mais organiza??o e originalidade na avenida", diz.

Com o diretor art?stico de alegoria da Turunas do Riachuelo, Paulino Berberick (foto ao lado), n?o ? diferente. Ele coordena uma equipe de 50 pessoas, juntamente com o carnavalesco da Escola, Diom?rio de Deus. Seu dia come?a bem cedo, ?s 8h, ele j? est? na quadra, e s? sai de l? ?s 10 da noite.

Ele conta que a produ??o ? intensa, para manter o cronograma dentro do tempo e ainda para evitar o gasto maior da Escola com o pagamento de horas extras aos funcion?rios. No total, Paulinho e Diom?rio coordenam a montagem de quatro alegorias e a confec??o de 800 fantasias, incluindo bateria e baianas.

Berberick promete escandalizar os foli?es com o enredo Respeito ? bom e todo mundo gosta, que critica os carnavais de administra?es municipais anteriores. "O Turunas ? uma inc?gnita porque ? uma Escola pol?mica. A partir da revolu??o do Carnaval em 2002, com a mudan?a de toda a estrutura que se via em Juiz de Fora, trazemos temas pol?micos. Com o enredo Atl?ntida, tamb?m deste ano, revolucionamos os padr?es da cidade. Vamos polemizar mesmo!"

O auxiliar de decora??o da Turunas, Wellington Souza (foto abaixo - tesoura) n?o liga para o cansa?o e diz que adora trabalhar na confec??o de acess?rios que enfeitam a avenida. "Este ? o quarto ano que trabalho no Carnaval. Aprendi muito sobre arte e desenho. A montagem ? muito interessante, d? empolga??o", revela.

J? o assistente Jorge Lu?s (foto abaixo) , da mesma Escola, atua h? sete anos na prepara??o da folia. Seu sonho: ser um grande carnavalesco ou alegorista. E ser? que sobra energia para o desfile? Ele responde: "- ? claro! ? emocionante voc? ver o seu trabalho na avenida, alegrando as pessoas!". Haja f?lego!

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