Operador acusa PM de agress?o Trabalhador foi levado em cambur?o para delegacia e depois liberado.
Pol?ciais alegam que ele foi detido por n?o acatar ordens



Thiago Werneck
Rep?rter
27/11/2007

Um operador de uma empresa de material cir?rgico de Juiz de Fora foi detido na tarde dessa ter?a-feira, dia 27 de novembro, pela pol?cia sob a acusa??o de desobedi?ncia e resist?ncia a ordens dos policiais. O trabalhador, de 32 anos, acusa tr?s policiais militares de agred?-lo sem motivos e se diz humilhado ao ser levado no cambur?o.

O fato aconteceu no bairro Nossa Senhora Aparecida e tem duas vers?es. A do operador que n?o quis se identificar e a dos policiais registrada no boletim de ocorr?ncia (BO). Em frente a delegacia da pol?cia civil, a suposta v?tima mostrava um corte nos l?bios, a cal?a suja (veja foto a baixo) e dizia ter levados socos no rosto, na barriga e chutes na perna.

Segundo os policiais, eles iriam revist?-lo, mas o operador esbravejava, falava alto e resistia a a??o do efetivo. Por esse desacato foi dada voz de pris?o contra ele. Ainda de acordo com as informa?es do BO, ele resistiu entrar na viatura e o policial foi mais en?rgico, o que fez com que o rosto dele batesse na parte de tr?s da viatura. Isso teria causado o ferimento na boca (foto acima).

Os policiais ainda relatam que a patrulha passava pela rua, quando o operador viu o carro e passou a andar na dire??o contr?ria. Uma atitude considerada suspeita e que, por isso, merecia uma revista. O trabalhador alega que isso n?o ocorreu, que ele caminhava normalmente pela rua no momento em que foi abordado.

Os ca?a niqu?is apreendidos "Eu ia trabalhar eles me abordaram, mas at? a? tudo bem, n?o tem uma faixa na minha testa escrito que eu n?o sou marginal. Pediram para eu por as m?os em cima do carro e come?aram a me revistar. Colocaram a m?o na minha carteira, a? falei que tinha ter calma. N?o podiam mexer nela sem eu estar olhando", relata o operador.

Segundo ele, foi nessa hora que um dos policias passou a lhe dar socos e causou um ferimento na sua boca. "Levei socos no rosto, chutes na perna e fui jogado em um cambur?o como se fosse um marginal. Agora, quero ir atr?s dos meus direitos. Eu mostrei meu crach? da empresa e falei que s? estava indo trabalhar. Enquanto me batiam, o povo gritava: 'n?o fa?am isso, ele ? trabalhador'. N?o sou contra ? abordagem, mas sim ? forma como ela foi feita", declarou.

Os ca?a niqu?is apreendidos De acordo com os policiais, o operador incitou a popula??o contra eles, que representavam o efetivo da PM envolvido na ocorr?ncia: Carlos Welington Rezende, Waliston Alberto Cota e Ant?nio Nazareno de Lima J?nior. Os tr?s levaram o operador para delegacia, mas como ele tem a ficha limpa foi liberado.

Ap?s o incidente, o operador se encontrava na porta da delegacia com seu advogado que tamb?m preferiu n?o se identificar e n?o sabe que a??o ser? tomada. "Ele (o operador) ? que sabe o que vai ser feito. Vou esperar ele esfriar a cabe?a, porque tem um monte de sapo de fora dando pitaco e foi ele que levou a porrada. Vamos ver direito o que vai acontecer. N?o podemos ir contra a corpora??o, apenas contra aqueles que s?o mal elementos", acusou.


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