Polêmica é instaurada no Espaço Mascarenhas Comerciantes do Mercado Municipal reclamam que vendedores de carros ocupam as vagas do estacionamento do Mascarenhas



Daniele Gruppi
Repórter
29/05/2008

Polêmica é instaurada entre os comerciantes e vendedores de carros no Espaço Mascarenhas. Os comerciantes do Mercado Municipal reclamam que há falta de espaço para os clientes no estacionamento do Espaço Mascarenhas. Do outro lado, os integrantes da Associação dos vendedores de carros da Mascarenhas, assegurando que não causam prejuízos estando no local.

Os vendedores de carros há um ano se instauraram no local para exercer suas atividades. Segundo um dos membros da Associação, Geraldo do Carmo Texeira, há 35 anos eles trabalhavam na rua Batista de Oliveira, mas foram levados para o Mascarenhas. "Essa mudança foi positiva", avalia.

Atualmente, existem 122 vagas no estacionamento, sendo 17 ocupadas pelos vendedores de carros. "Trazemos movimento para o Mercado. As pessoas que vêm olhar os carros também podem fazer suas compras. Tem dia que vendemos três veículos".

O presidente do Mercado Municipal, Carlaide Francisco Lopes, afirma que os funcionários da Prefeitura também estacionam no local e que têm consumidor reclamando da falta de lugar para pararem seus carros. "Até eventos eles organizam aqui, diminuindo ainda mais o espaço".

Foto estacionamento Mascarenhas Foto estacionamento Mascarenhas Foto estacionamento Mascarenhas

A polêmica resultou em uma audiência pública na Câmara Municipal. O vice-presidente do Mercado, Érico de Paula, propôs que os vendedores fossem levados para o fundo do estacionamento e que diminuíssem as vagas destinadas a eles ou ainda que fossem levados para outro local.

"Não queremos prejudicar ninguém, mas também não podemos aceitar esta situação. Pedimos a audiência para fazermos a reivindicação", afirma de o vice-presidente. Os comerciantes não ficaram satisfeitos com o saldo do encontro. Já os membros da Associação dos vendedores de carros avaliaram como favorável para a classe a audiência.

A Associação dos vendedores possui 12 credenciados pela Prefeitura e segundo o membro João Nasser Filho, mais seis deram entrada com a documentação solicitando o registro junto ao órgão. "Estamos arrumando um escritório que vai ajudar no nosso trabalho".

Mais reivindicações

O presidente do Mercado Municipal levou outras reivindicações para a audiência pública. Uma delas foi a colocação de lixeiras cobertas na entrada estacionamento. Três contêineres foram colocados para a coleta de lixo ensacado. "Causa mau cheiro e o freguês não se sente à vontade".

Outra questão mencionada é com relação aos sanitários para os bares. "Final de semana depois das 16h fica intragável. Uma boemia só. Isso pode manchar a imagem do Mercado". Reclamam também do depósito de caixas, que vai virar escritório dos vendedores, motivo de alegria para os profissionais da categoria.

Foto da lixeira na entrada do estacionamento Foto da entrada para o banheiro Foto do depóito que vai virar escritório

"Têm quatro anos que o Municipal foi pintado. Pagamos imposto e temos direito a melhorias. Falam em revitalizar o espaço Mascarenhas, melhoraram a Praça Antônio Carlos e não fizeram mais nada", argumente Lopes.

Segundo Érico de Paula, o Mercado Municipal está no local há 20 anos. "São trinta firmas com cem funcionários contratados com carteira assinada. Cerca de 500 pessoas passam por dia pelo local, sendo contabilizados R$ 20 mil em vendas. Estamos nos sentindo desamparados desse jeito".

Foto da lixeira na entrada do estacionamento Foto da entrada para o banheiro Foto do depóito que vai virar escritório
Posição das autoridades

O vereador Rodrigo Mattos (PSDB) sugeriu à Prefeitura que o explorador do estacionamento proceda as melhorias em troca de aumento do prazo para renovação de contrato com isenção de aluguel no período. "Todo ano o contrato é renovado e a pessoa fica insegura de investir no lugar sem saber se vai ter retornos".

Mattos afirmou que a Prefeitura considera que os problemas do Mercado Municipal devem ser resolvidos pela associação dos comercianstes. "O órgão deveria enfocar o Mercado nas publicidades para incrementar as atividades", alegou.