Segunda-feira, 31 de outubro de 2011, atualizada às 13h21

Prédio residencial próximo ao incêndio na Getúlio continua interditado

Victor Machado
*Colaboração
Defesa Civil faz vistoria em prédio residencial

A Defesa Civil realizou nesta segunda-feira, 31 de outubro, uma vistoria em um prédio residencial na avenida Getúlio Vargas 715, ao lado de uma loja de borrachas que foi atingida pelo incêndio da rua Floriano Peixoto. Os trabalhos eram para avaliar as condições do local e a possibilidade de liberação do edifício.  

De acordo com a Defesa Civil, é preciso fazer uma revisão na parte elétrica do imóvel para que ele seja liberado. "A parte elétrica é muito antiga e pode acabar gerando um curto-circuito. Somente depois que os moradores fizerem essa revisão e passarem para a Defesa Civil é que poderemos dar o laudo para liberar", afirma o subsecretário da Defesa Civil de Juiz de Fora, José Mendes da Silva.

Os moradores do prédio que está interditado reclamam da situação. Alguns deles tiveram acesso a suas residências para pegar objetos pessoais com a autorização da Defesa Civil na manhã desta segunda-feira, 31. O cuteleiro Waldemar da Silva comenta que os três filhos estão há uma semana sem poder ir às aulas. "Estou hospedado na casa de um amigo e meus filhos na casa da minha mãe. Para eles irem a aula é preciso gastar três passagens de ônibus de ida e três de volta e não tenho condições. Até porque a minha loja também está interditada."

Já a dona de casa Maria Aparecida Medeiros afirma que gastou R$ 700 somente com hospedagem em hotel para ela até o momento. Ela chegou a mostrar os recibos, a fim de provar a situação (foto abaixo). "Tive acesso a meu apartamento apenas uma vez para pegar roupas, mas depois disso não conseguimos mais entrar no local." Ao todo, na casa de Maria Aparecida moram seis pessoas, sendo duas crianças.

Outra moradora do prédio, Rosineide Jesus de Paula, acionou a polícia, alegando que arrombaram o apartamento interditado dela e roubaram roupas. "Tive acesso ao apartamento hoje [31 de outubro] e ele está todo revirado. Não sei como, mas entraram lá e roubaram minhas roupas. Acho que faltou alguém vigiando o local." Rosineide está hospedada na casa de uma amiga.

Recibos de pagamento de hotel Trânsito liberado na rua Floriano Peixoto

*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken