Palestra aborda sustentabilidade nas edificações O II Fórum de Recursos Naturais e Tecnologias Limpas nas Edificações traz a acadêmicos e profissionais alternativas ambientais no setor de construção
Colaboração*
1/9/2010
A segunda edição do Fórum de Recursos Naturais e Tecnologias Limpas nas Edificações traz à cidade um assunto atual e polêmico: a sustentabilidade. O evento, promovido pela Secretaria de Atividades Urbanas (SAU), conta com palestras, minicursos e mesa redonda e será realizado nesta quarta e quinta, 1º e 2 de agosto, no auditório do Banco do Brasil. Nas palestras serão abordados temas como reaproveitamento de recursos naturais e reciclagem de resíduos, além da implantação de novas tecnologias e casos de sucesso.
Segundo o diretor regional do Sindicato de Engenheiros do Estado de Minas Gerais, João Queiroz, Juiz de Fora precisa incorporar as propostas do Fórum. "A nossa política ainda é muito provinciana e deve ser aberta aos conhecimentos do Brasil e do mundo. É preciso trazer essas boas soluções para a cidade", diz.
De acordo com o Supervisor de Controle Ambiental da Agenda/JF, Márcio de Oliveira, a questão da sustentabilidade precisa ser difundida na cidade. "O tema é importante em todo o mundo. Juiz de Fora vive um momento de expansão imobiliária e podemos fazer esse processo de forma diferente", afirma.
Para a estudante Thaise Borges, as palestras facilitam a difusão dos novos recursos e de tecnologias. "Temos leis ambientais sendo sancionadas e consumidores cada vez mais conscientes. Essa é uma área em ascensão e o conhecimento pode contribuir para que nossas atitudes em relação ao meio ambiente sejam mais positivas", comenta.
No evento, também será apresentado o projeto de lei que prevê a captação de água de chuva em Juiz de Fora pelo assessor Ambiental da Cesama e presidente do Comitê das Bacias do Rio Preto e Paraibuna, Paulo Afonso Valverde Junior.
Desafios
Além da dificuldade de difusão de práticas que visam o reaproveitamento de recursos e a reciclagem de materiais, existem outros desafios quando o assunto é sustentabilidade nas edificações, como a conscientização da sociedade. "A educação ambiental passa por uma mudança de paradigmas de que o lixo é sujo, contaminável, inutilizável. Temos que mudar essa visão, orientando as pessoas de que podemos reciclar o lixo", comenta o geógrafo e secretário Executivo do Mosaico da Mata Atlântica Fluminense, Francisco Pontes Miranda Ferreira. Oliveira acredita que a falta de incentivo também é um agravante. Falta informação, incentivo e legislações", diz.
Outra queixa é a falta de amparo do poder Executivo e Legislativo. "Precisamos que novas normas venham acompanhar o desenvolvimento de técnicas ambientais", afirma Oliveira. Para Ferreira, a sociedade deve se organizar na busca de resultados. "Cabe às instituições de ensino, em parceria com a comunidade, unirem-se".
*Isabela Lobo é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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