Segurança mata esposa e dois filhos com golpes de machadinha e tenta suicídio. Em bilhete o homem confessou o crime
*Colaboração
Na noite do último domingo, 27 de dezembro, um triplo homicídio chocou moradores da rua Manoel Alves, 431, no bairro Santo Antônio, região Leste de Juiz de Fora. Por volta das 19h, o Corpo de Bombeiros e uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram ao local e encontraram na residência três corpos sem vida e o de um segurança, de 58 anos, inconsciente.
Segundo o registro da Polícia Militar (PM), as vítimas são a esposa de um segurança, que é o suspeito do crime, de 49 anos, e o casal de filhos, uma de 25 e outro de 15. Eles apresentavam ferimentos no pescoço provenientes de um objeto cortante, que se acredita serem originados de uma machadinha ou de uma faca, ambas com vestígios de sangue (ainda sem comprovação pelo laudo da necropsia).
De acordo com a assessoria o 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4º BBM), o assassino teria agido às 2h da madrugada de sábado, 26, para domingo, 27. Conforme informações do delegado da 6ª delegacia distrital da Polícia Civil (PC) da região Sudeste, Carlos Eduardo Santos Rodrigues, após os homicídios, o suspeito teria deixado um bilhete e tentado, sem êxito, o suicídio. O bilhete, sob poder da PC para averiguação, descreve a hora do crime (2h) e a confissão dos assassinatos.
"Estava escrito que ele tinha a intenção de se matar e não iria deixar a mulher e os dois filhos sozinhos. Também dizia que foi difícil matar o filho pela resistência. 'Ele quase me venceu', descreveu", conta Rodrigues. O delegado também acrescenta que o suspeito teria deixado separados documentos de um plano funerário e que no bilhete ele dizia gostar da família.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão para cada homicídio. Ele foi submetido a exames psiquiátricos e logo depois de ouvido, foi encaminhado ao Ceresp. Os motivos dos homicídios ainda não foram descobertos. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML).
*Pablo Cordeiro é estudante do 9º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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