Consumo de energia em Juiz de Fora apresenta recuperação após período de crise
Repórter
O consumo de energia em Juiz de Fora aponta para a recuperação na geração de carga nos últimos meses, após o período marcado pela crise econômica mundial. "Devido aos efeitos da crise, houve uma queda gradativa, percebida a partir do final de 2008 até meados de julho de 2009", destaca o técnico em Sistema Elétrico de Campo da Cemig, Gustavo Ribeiro de Resende. Entretanto, como em Juiz de Fora e na região a predominância é de cargas residenciais e comerciais, a queda não foi muito expressiva.
A cidade conta, atualmente, com três subestações de energia. O crescimento do consumo, representado pela soma das três unidades, verificado entre novembro de 2008 e novembro de 2009 foi equivalente a 2,7%. O mês de dezembro do ano passado registrou um aumento de 3,01% em comparação com o mesmo período de 2008. Em janeiro, a soma de megawatts das três subestações passou de 123,9, em 2009, para 135, em 2010, o que representa aumento de 8,96%. Já no mês de janeiro, foi verificado crescimento de 12,13%, passando de 127,8, em 2009, para 143,3, em 2010.
Passado o período de crise mundial, a partir de julho do ano passado, segundo o técnico, foi verificada uma tendência de crescimento do carregamento da malha, o qual se intensificou a partir de novembro do mesmo ano. Mas Resende ressalta que esta alta não significa crescimento real. "O que tivemos foi a recuperação, ou seja, a retomada de carga suprimida devido à crise, que chegou a uma redução de aproximadamente 23%."
O crescimento real foi verificado na carga de energia consumida na região Sudeste durante o mês de janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2007. O técnico lembra que os valores recordes verificados em 2010 podem ser explicados pela recuperação da economia e do crescimento da produção. "Além disso, o próprio verão faz com que haja um incremento na economia, motivado pelos investimentos em bens que proporcionam mais conforto neste período do ano." Para ele, o próprio calor intenso verificado nos últimos tempos explica o aumento no consumo de energia.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes