Sexta-feira, 4 de novembro de 2011, atualizada às 19h15

Famílias desalojadas pedem auxílio à Prefeitura, 11 dias após o incêndio

Jorge Júnior
Repórter
moradores

As famílias desalojadas do prédio residencial na avenida Getúlio Vargas 715, ao lado de uma loja de borrachas que foi atingida pelo incêndio da rua Floriano Peixoto, reuniram-se nesta sexta-feira, dia 4 de novembro, pela primeira vez com representantes da Secretaria de Assistência Social (SAS), 11 dias após o incêndio que mobilizou o Centro de Juiz de Fora.

No encontro, as sete famílias que compareceram a reunião foram cadastradas para receberem o auxílio, que poderá ser concedido por meio de moradia provisória, auxílio aluguel e encaminhamento para políticas sociais.

De acordo com informações da assessoria da SAS, os moradores cadastradas serão convocadas para um atendimento personalizado nesta segunda-feira, 7, a fim de identificar e atender às necessidades de cada um deles. Já a Defesa Civil explicou aos moradores o porquê de haver a interdição de seus apartamentos e se prontificou a acompanhar os interessados em verificar os danos de suas respectivas moradias.

De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, Major Mendes, os apartamentos de frente podem voltar a ser ocupados, assim que passarem por uma revisão da parte elétrica. Os da parte dos fundos permanecem interditados.

Insatisfação

Uma das famílias já solicitou a moradia provisória e será encaminhada para uma residência da Prefeitura, já utilizada para alojamento de outra família desalojada pelo incêndio. No entanto, mesmo com essa medida, alguns moradores continuam insatisfeitos. "Estou sendo muito prejudicado. Os meus três filhos não estão indo a aula, porque não tenho dinheiro para pagar a passagem deles. Como o meu trabalho é no mesmo local onde moro, estou perdendo em média R$ 200 por dia, porque não estou podendo trabalhar", reclama o comerciante Valdemar da Silva. Segundo Silva, ele está morando em uma sobreloja, cedida por um amigo.

Quem também não está satisfeito com a situação é o vendedor autônomo Israel Campos, que mora com mais dois filhos, a esposa, a sogra e o sogro. Todos estão instalados em um hotel. Até o momento, Campos já gastou R$ 1.200 com as diárias. "Até hoje nada foi decidido, a Prefeitura não deu assistência para a gente. Nesta sexta, foi realizada uma reunião e, mais uma vez eles adiaram o encontro", afirma.

Demolição

Ainda durante o encontro, a Defesa Civil também explicou o motivo da interdição do prédio de sete andares, que corre risco de desabar e reiterou que havia notificado o dono do prédio sobre a necessidade de demolição. O proprietário teria até esta sexta-feira para se pronunciar oficialmente sobre o assunto, mas, até as 19h, nenhuma notificação foi entregue à Secretaria de Atividades Urbanas (SAU).

Os textos são revisados por Thaísa Hosken