Tribunal Superior do Trabalho determina fim da greve dos Correios
Repórter
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou o fim da greve dos trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) na última terça-feira, 8 de outubro. Em paralisação desde o dia 17 de setembro, não houve consenso nas negociações com a empresa, o que levou à intervenção do judiciário. A partir desta quinta-feira, 10 de outubro, o efetivo deve retornar às atividades.
Com a decisão do tribunal o reajuste salarial será fixado em 8% e nos benefícios, 6,27%. O percentual de aumento real será apenas 1,7%. De acordo com o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Juiz de Fora, Alan Marques, a determinação não atendeu às propostas de negociação. "Não atendeu à nossa proposta. Tínhamos a nossa pauta de negociação de 15% de aumento real, mais a reposição da inflação e R$ 200 linear. Mas, a gente vai acatar a decisão do Tribunal e voltaremos ao trabalho amanhã. Todos os setores voltam a funcionar normalmente", garante.
O sindicalista avalia que o único ponto atendido pela determinação do judiciário foi referente ao plano de saúde. "O que atendeu a gente é manutenção de nosso plano nos moldes como é hoje. A empresa queria mudar e conseguimos manter isso. As propostas de entrega de correspondência aos carteiros na parte da manhã e as seis horas diárias de trabalho para os atendentes não foram atendidas. Hoje, o atendente trabalha por oito horas, inclusive fazendo horas extras", critica.
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Decisão
O plenário do TST seguiu o voto do relator, o ministro Fernando Eizo Ono. A decisão acata proposta apresentada pelos Correios e rejeitada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). O acordo coletivo chegou a ser aprovado pelos servidores da empresa em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Tocantins, Bauru (SP), no Rio Grande do Norte, em Rondônia e no Amapá, mas não foi referendado pela Justiça.
O TST determinou ainda a concessão de vale extra, no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro, e o Vale Cultura, dentro das regras de adesão ao programa do governo federal. Também ficou decidido que a compensação dos dias parados será feita em até 180 dias, com o acréscimo de até duas horas no expediente, observados os intervalos entre a jornada de trabalho e o descanso semanal remunerado.
Com informações da Agência Brasil
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