Sindicato descarta greve dos Correios em Juiz de Fora
Repórter
Funcionários dos Correios podem declarar uma nova greve nos próximos dias. A Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) discute, em Brasília, a garantia do plano de saúde, seguindo à regulamentação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2013. Em Juiz de Fora, os trabalhadores aguardam o retorno do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Comunicação Postal, João Ricardo Guedes, em viagem à capital federal, para convocar uma reunião da diretoria e, dependendo da deliberação, a convocação de uma assembleia.
A reivindicação dos trabalhadores é referente ao novo plano de saúde implantado pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Em nota, a Fentect classifica o plano como ilegal, dizendo que o Boletim Técnico estabelece a validade de 180 dias do convênio médico na rede credenciada. A entidade ainda recomenda que os trabalhadores não assinem o recebimento até o dia 31, sexta-feira, e somente utilizem o benefício em "último caso", com a ressalva de que "a empresa descumpre a norma vigente".
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A ECT afirma, em nota, que "os Correios estão cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do plano de saúde da empresa: todos os benefícios estão garantidos, incluindo dependentes cadastrados, porcentagem de compartilhamento, não cobrança de mensalidade ou tarifas, rede credenciada e cobertura de procedimentos entre outros."
Zona da Mata
De acordo com o diretor de saúde e segurança do Sindicato da Zona da Mata e Vertentes, Geraldo França, deve haver, antes do estado de greve, um diálogo maior das entidades com a empresa. Dos 29 sindicatos filiados à Fentect, ele diz que a metade já optou pela greve, mas a outra parte ainda discute a questão em Brasília. "Neste momento ainda não tomamos uma decisão de entrar nesta greve. Infelizmente a federação é rachada. O grupo que definiu entrar em greve deveria estar em Brasília, discutindo com a empresa. Nós não estamos neste grupo. O João Ricardo vai chegar e definir como vamos conversar com a base. Estamos aguardando. A empresa está desrespeitando a cláusula 11 [do acordo], a greve é válida, mas tem que ter discussão", diz.
Efetivo
A nota divulgada pela ECT informa ainda a situação dos serviços das agências e entregas de correspondências nesta quinta-feira, 30 de janeiro. Segundo a empresa, os Correios em todo o Brasil estão funcionando normalmente com 96,12% do efetivo total da empresa trabalhando, o que corresponde a 121.515 empregados — a aferição de presença é realizada por meio de sistema eletrônico. Em Minas Gerais, apenas 2,47% do efetivo não compareceram ao trabalho hoje. "Todas as agências estão abertas, todos os serviços estão disponíveis e a entrega de cartas e encomendas está normal", diz a nota.
Ainda de acordo com a empresa, a maior parte dos 35 sindicatos dos Correios não decretou paralisação. São 20, entre eles os principais do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Nas localidades em que as assembleias definiram por paralisação da última quarta, 29, a empresa diz que "não há adesão significativa ao movimento". A ECT assegura que nesses locais, os Correios já estão implantando seu plano de contingência e garantindo o funcionamento normal das atividades.
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