Quarta-feira, 21 de maio de 2014, atualizada às 13h14

Policiais civis de Juiz de Fora aderem à paralisação nacional

Eduardo Maia
Repórter
Policiais Civis

Cerca de 70% do efetivo da Polícia Civil paralisaram as atividades em Juiz de Fora, nesta quarta-feira, 21 de maio, para reivindicar a valorização profissional e melhoria das condições de trabalho. Os serviços referentes a trânsito e habilitação, bem como o plantão para casos em flagrante, continuam operando normalmente em cumprimento à lei de greve.

Às 15h, um ato reunirá os policiais civis em frente à Delegacia de Santa Terezinha. O movimento recebe o apoio de agentes da Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com o diretor regional Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) - seção Zona da Mata, Marcelo Armstrong, a pauta da paralisação pede pela reestruturação do modelo de segurança pública, a partir da aprovação da PEC 51. "Ela trata da desmilitarização das polícias, a unificação. É um modelo adotado na Europa. A proposta é tirar esse ranço do militarismo e desenvolver um novo modelo de policiamento para o país", propõe.

A aprovação da PEC 24 também é uma solicitação da categoria. A proposta é criar um fundo nacional para  a segurança pública. "É preciso reequipar e reestruturar a polícia e pagar um salário digno para os policiais. Temos que ter reforço de pessoal. Em Juiz de Fora, temos hoje cerca de 25 policiais civis trabalhando nas investigações. Uma cidade de 600 mil habitantes, tínhamos que ter 200. Exigimos a criação imediata de um concurso imediato para a policia de Minas Gerais", reivindica. 

A paralisação da categoria abrange 14 estados e é dirigida pela Conferência Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). De acordo com Armstrong, uma plenária deve ser realizada em Brasília nos próximos dias para propor paralisações pontuais durante a Copa do Mundo.

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