Quinta-feira, 2 de agosto de 2012, atualizada às 18h

Sindicalistas protestam contra decreto da presidenta Dilma Rousseff

Andréa Moreira
Repórter
Manifestação

Cerca de dez sindicatos de Juiz de Fora participaram, na tarde desta quinta-feira, 2 de agosto, de um ato contra o Decreto nº 7.777, de 24 de julho de 2012. A lei dispõe das medidas para a continuidade de atividades e serviços públicos dos órgãos e entidades da administração pública federal durante greves, paralisações ou operações de retardamento de procedimentos administrativos promovidas pelos servidores públicos federais.

O texto do decreto autoriza, em época de greve ou paralisação, a aquisição provisória de servidores estaduais e municipais para realizar as atividades dos funcionários públicos federais. "Isso é um absurdo. Além da presidenta Dilma Rousseff se negar a negociar com os grevistas, ela ainda toma esta medida, que é inconstitucional, afinal a greve é um direito assegurado tanto pela Constituição Federal, quanto pela Lei nº 7.783/89," explica o integrante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Oleg Abramov.

O integrante da CUT destaca também que estas manifestações estão sendo realizadas em todo o país, e que os grevistas, além de repudiarem este decreto, também buscam uma negociação com o governo federal sobre a greve dos servidores federais. "Vamos combater esse ataque ao direito dos trabalhadores de fazer greve. Além disso, queremos negociar com o governo a situação dos grevistas, mas infelizmente não estamos obtendo sucesso, pois o governo se recusa a fazer um acordo."

O decreto ainda traz, em seu texto, que as substituições de funcionários públicos federais por estaduais e municipais só irão acontecer durante o período de greve ou de paralisação. Além da CUT, participaram também do ato o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Correios, Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Juiz de Fora, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes/JF), Sindicato Servidores Públicos Municipais (Sinserpu) e o Comando Municipal de Greve.

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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