Quarta-feira, 22 de novembro de 2017, atualizada às 9h

Sete investigados na Operação Pente Fino são presos em JF

Da redação

Sete pessoas envolvidas na Operação Pente Fino foram presas após denúncia da Promotoria de Combate ao Crime Organizado de Juiz de Fora e pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Belo Horizonte.

Além delas, mais dois indivíduos são acusados pelos Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de envolvimento com o tráfico de drogas e com a facilitação de entrada de celulares no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional de Juiz de Fora (Ceresp).

A operação foi deflagrada em agosto após apuração conduzida pelo MPMG que investigou a existência de uma organização criminosa atuando no presídio. A operação contou com o apoio da Polícia Militar (PM) e da equipe do Ceresp. Foram denunciados dois agentes penitenciários, um ex-agente penitenciário, um ex-detento, três reclusos, a mãe e a cunhada de um dos presos.

De acordo com a assessoria do órgão, "consta na denúncia que um dos agentes penitenciários chefiava o esquema, contando com o auxílio e a conivência do outro agente. Um ex-detento atuava como atravessador, servindo de intermediário entre o agente chefe, os presos e seus familiares".

Além disso, um dos presos encomendava a entrega do produto ao ex-detento e se encarregava da venda e da distribuição das drogas e dos celulares no interior do presídio. Os outros dois detentos resgatavam o material em locais previamente determinados pelos agentes e o levava até a cela daquele que havia encomendado. As duas mulheres providenciavam a compra e a entrega da droga e dos celulares ao atravessador.

Durante a Operação Pente Fino, a PM apreendeu com um dos agentes sete munições CBC calibre ponto 38 sem autorização; carregador da pistola calibre ponto 38, marca Taurus, modelo 838; e comprovantes de depósitos bancários.

Na casa do ex-agente penitenciário, os policiais militares apreenderam três celulares, dez cartuchos calibre 380; cartucho calibre ponto 38; 11 cartuchos de munição calibre 12 (sendo três deflagrados); espargidor de pimenta; soco inglês; capa de colete com duas placas balísticas e dois pares de algemas.
Conforme apurado pela DEPOL, as placas balísticas e um dos pares de algemas pertencem à Secretaria de Estado de Defesa Social.

Na casa do ex-detento, os militares apreenderam porções de haxixe, crack, maconha e cocaína, balança de precisão e triturador de maconha.