Quarta-feira, 26 de agosto de 2020, atualizada às 10h30

Memorial da República inaugura mostra do fotógrafo Ale Ruaro sobre a pandemia

Da redação

A mostra E Agora? O Brasil e a pandemia de COVID-19 em 24 fotografias, do renomado fotógrafo gaúcho Ale Ruaro, chega ao Memorial da República Presidente Itamar Franco. Especializado em retratos, Ale Ruaro desta vez direcionou sua lente para os profissionais de diversas áreas que, no momento em que o país enfrenta a pandemia de Covid-19, estão nas ruas atuando nos chamados serviços essenciais.

Com curadoria do supervisor do Memorial, Tarcísio Greggio, a mostra marca o lançamento do Panteão, um espaço virtual criado em resposta ao isolamento social, que reunirá conteúdos on-line diversos e chega, segundo Greggio, como uma resposta da instituição à pandemia. “É uma maneira de levar o Memorial ao público, mesmo com a suspensão das visitas ao espaço”, afirma o supervisor.

Em preto e branco, os retratos de E Agora? O Brasil e a pandemia de Covid-19 em 24 fotografias de Ale Ruaro captam homens e mulheres em seus ambientes de trabalho, com seus uniformes, veículos ou ferramentas e a indefectível máscara facial que a pandemia impôs a todos como uma forma de se proteger e ao outro. São bombeiros, policiais, motoristas de transporte público e aplicativos, entregadores, repositores de supermercado, caminhoneiros, porteiros, garis, jornalistas, faxineiros, religiosos e outros profissionais cujos serviços são indispensáveis e os expõem aos riscos de contágio.

Com obras já apresentadas em várias partes do Brasil e no exterior, Ale Ruaro é mais identificado por uma fotografia que busca desvelar as diferenças, sobretudo em questões de sexualidade e identidade, com a realização de imagens que “trazem à normalidade o não convencional”, como é descrito em seu site. Por isso a atual série é apresentada pelo Memorial como um “recorte inusitado” de seu trabalho. O fotógrafo “pôs sua lente para trabalhar a serviço de seu tempo”, e a pandemia – o mal que alguns já consideram como o verdadeiro marco histórico de final do século XX, decisivo para a conformação de uma nova era – não poderia escapar ao seu olhar.

Os registros foram feitos por Ale Ruaro no período entre 20 de junho e 28 de julho de 2020. Hoje o país já soma mais de 110 mil mortos. Os rostos anônimos da série, a maioria escondida pela máscara, nos olha de frente. E agora? Esta é uma das muitas perguntas que podemos pensar diante dessas imagens.

Serviço

E Agora? O Brasil e a pandemia de COVID-19 em 24 fotografias de Ale Ruaro

A partir de 26 de agosto de 2020, no Panteão (http://mrpitamarfranco.com.br/n/panteao/e-agora-o-brasil-e-a-pandemia-de-covid-19-em-26-fotografias-de-ale-ruaro/)

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