Quinta-feira, 9 de julho de 2020, atualizada às 10h07

Ônibus voltam a circular depois manifestação dos trabalhadores em Juiz de Fora

Da redação

Os ônibus voltaram a circular na manhã desta quinta-feira, 9 de julho, depois de um dia de paralisação nas ruas Centrais de Juiz de Fora. Os motoristas e cobradores da Goretti Irmãos Ltda (GIL) decidiram voltar ao trabalho depois que as empresas entraram em um acordo e a Viação Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda (Ansal) concordou em pagar os salários referentes ao mês de junho à quase 200 funcionários.

Na quarta, 8, o grupo de trabalhadores afetado decidiu parar os carros nas Avenidas Rio Branco e Getúlio Vargas como forma de protesto, onde permaneceram até o início da manhã desta quinta, 9. A assessoria de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro) informou que os funcionários retornar ao trabalho e aguardam o dinheiro cair na conta nesta quinta-feira.

O Sindicato disse ainda que busca uma solução junto a GIL sobre esses motoristas e cobradores, e, caso não haja acordo até o fim da tarde, estuda abrir indicativo de greve com prazo de 72h para a empresa apresentar uma solução.

Entenda o impasse

As manifestações foram resultado de uma mudança contratual realizada no início deste ano, quando a GIL optou por abrir mão de algumas linhas que foram transferidas para a Ansal, junto com os trabalhadores que já atuavam nesses itinerários. Com a crise financeira, causada pela pandemia do novo coronavírus, a Ansal não readmitiu os funcionários, conforme acordo, devolvendo as linhas, motoristas e cobradores para a GIL no dia 15 de junho.  

O Sinttro informou que são 187 trabalhadores que vieram da Ansal e continuam registrados pela GIL e, com isso, deveriam receber o pagamento pela empresa, mas os pagamentos não foram depositados até o momento.

Para tentar solucionar o impasse, ocorreu uma reunião online na quarta, 8, que durou 4 horas e 30 minutos, na Gerência Regional do Trabalho e Emprego. Mesmo com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro), as empresas não decidiram quem seria responsável por arcar com os salários atrasados até a manhã desta quinta, 9, quando a Ansal concordou efetuar os pagamentos.