Segunda-feira, 16 de agosto de 2010, atualizada às 18h

Rodoviários se reúnem com Settra para apresentar reinvindicações da categoria

Aline Furtado
Repórter

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro) se reuniu, nesta segunda-feira, 16 de agosto, com representantes da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra). Na ocasião, os sindicalistas apresentaram uma pauta de reinvindicações da categoria, com objetivo de minimizar os problemas decorrentes da administração do transporte público e do trânsito.

Com isso, a categoria suspendeu a paralisação prevista para esta terça-feira, dia 17. "Como a possibilidade de acordo foi aberta com a reunião, vamos aguardar. Contudo, no caso de não avançarmos, poderemos, sim, entrar com mandado de segurança contra a Settra e não descartamos a possibilidade de manifestações", afirma o vice-presidente do Sinttro, Paulo Avezani.

Entre os pontos abordados pelos rodoviários estão a solicitação de aumento da segurança para motoristas e cobradores; a extensão do limite de 25 Km/h no trecho da avenida Rio Branco, entre as avenidas Getúlio Vargas e Independência, para veículos particulares; a revisão do quadro de horário, com adoção de 15 minutos de intervalo nos pontos finais; além da realização de uma campanha junto à população, explicando que os motoristas não têm qualquer tipo de responsabilidade com relação à troca da carteira de Passe Livre.

"Os trabalhadores estão chegando a uma situação limite, uma vez em que estão sendo responsabilizados por questões que não dizem respeito a eles", lembra Avezani, destacando a discussão, ocorrida no último dia 12, entre um motorista e um passageiro, devido a uma carteira usada para acesso gratuito. A discussão gerou briga, que terminou em agressão ao rodoviário. O vice-presidente destaca ainda o excesso de multas de trânsito que vem sendo detectado pelo sindicato, já que o cumprimento de horários está comprometido devido ao quadro estabelecido pela Settra.

O secretário de Transporte e Trânsito, Márcio Gomes Bastos, informa que os pontos apresentados pelos trabalhadores serão discutidos e avaliados. "Existem questões na pauta que são consideradas pontuais, outras mais profundas, ou seja, de maior impacto. Assim, vamos analisar e até mesmo convidar representantes das empresas para o diálogo, buscando o melhor para todos." Uma nova reunião deverá ser realizada em até dez dias.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken