Terça-feira, 21 de julho de 2020, atualizada às 17h48

Prefeito explica avanço para onda branca e reforça necessidade de isolamento social

Da redação

Em transmissão ao vivo nesta terça-feira, 21 de julho, pelas redes sociais da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o prefeito Antônio Almas explicou que a adesão ao programa estadual Minas Consciente foi com o objetivo de se ter uma discussão da pandemia de forma regionalizada e não local. No sábado, 18, Juiz de Fora avançou para a Onda Branca do programa, relacionado à setorização das atividades econômicas neste período de pandemia da covid-19.

O prefeito comentou durante a live que agora há uma decisão judicial obrigando todos os municípios aderirem ao programa ou se basear na Deliberação 17 - medidas emergenciais, também do estado e em função da pandemia, de restrição e acessibilidade a determinados serviços e bens públicos e privados - e suas atualizações. “Portanto, a mudança de onda não é uma decisão do Executivo Municipal. Precisamos continuar fazendo as discussões macrorregionais. Estamos dentro das restrições impostas na ‘onda branca’, e cada cidadão tem que ter sua parcela de responsabilidade”, ressaltou Almas.

Outro ponto abordado pelo prefeito foi o isolamento social. Em abril, Juiz de Fora chegou a atingir média semanal de 57%. Agora, em julho, varia de 48 a 51%: “O isolamento está ruim, e estamos tendo dificuldade de adesão, principalmente quando se politiza a situação. Isto está fazendo aumentar o risco. As ações de fiscalização estão acontecendo, e muito, mas só com o trabalho dos fiscais não é possível resolver o problema. Depende de cada um de nós manter a melhor condução do processo, ficando em casa, quando possível, e redobrando todos os cuidados de prevenção ao sair”.

Dados da fiscalização

A partir da publicação, em 16 de março, do primeiro decreto municipal que estabeleceu medidas preventivas para enfrentamento à pandemia da covid-19 no município, a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) já emitiu 1.573 documentos relacionados ao descumprimento da legislação, até terça-feira, 20. Destes, foram 33 autos de interdições, relacionados a diversos estabelecimentos, na sua maioria bares, que no momento estão com funcionamento proibido.

Do total de documentos emitidos pela fiscalização de posturas, 40,73% foram para a região central,; 20,01%, norte; 13,53%, oeste; 8,79%, nordeste; 8,21%, sul; 4,43%, sudeste; e 4,30%, leste. Durante as operações de fiscalização foram 1.310 notificações, devido ao descumprimento de ao menos um item da legislação municipal referente à pandemia, 110 diligências fiscais, 37 autuações e 16 intimações. A Guarda Municipal emitiu 67 documentos durante as ações realizadas.

Leitos de UTI

Entre as muitas ações da PJF no combate ao coronavírus está o aumento do número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) em 62%, saltando de 108 (antes da pandemia) para 165. “Temos feito esforço enorme para passar por esse momento difícil sem o colapso do sistema de saúde, e estamos conseguindo. Não tivemos, até agora, nenhuma pessoa desassistida. Há um trabalho muito grande para que isso aconteça”, relacionou Antônio Almas.

A Prefeitura está analisando os dados para entender se o pico da doença já aconteceu e se a cidade está entrando no platô – quando há estabilização no número de novos casos. Sobre isso, o prefeito enfatizou que “se estamos passando pelo pico, estamos numa situação melhor, mas não como gostaríamos. Com o isolamento social e as medidas restritivas, conseguimos nosso principal objetivo, que é achatar a curva, para o sistema de saúde não entrar em colapso. Por isso, precisamos que todos colaborem, e só saiam quando for necessário”.

De acordo com dados divulgados no site da PJF até a última segunda, 20, Juiz de Fora tem hoje 176 pessoas hospitalizadas em virtude da covid-19, sendo 104 em enfermaria e 72 em UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI do SUS (covid ou não) é de 82,29%. A cidade contabiliza 3.093 casos confirmados, 2.088 curados, 95 óbitos, um em investigação e 11.628 casos suspeitos. A média do isolamento social dos últimos sete dias é de 50,15%.