Ano França-Brasil em JF tem exposições francesas e locais Para a adida cultural da França, Sylvie Debs, a cidade é uma das que apresentam mais atividades transculturais em Minas Gerais

Clecius Campos
Repórter
4/6/2009

Retratos de personalidades francesas e da família real brasileira, olhos das montanhas, história do carvão e paisagens criadas e modeladas por uma mina francesa estão expostos à visitação em salas de Juiz de Fora. As mostras fazem parte da programação oficial do Ano da França no Brasil e integram também o roteiro local do evento.

Organizado pela Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pela Aliança Francesa, o Ano França-Brasil em Juiz de Fora conseguiu trazer não só exposições francesas à cidade, como incorporou manifestações locais ao programa oficial do evento em todo o Brasil.

"Esta é a grande peculiaridade do evento em Juiz de Fora. As entidades interessadas em promover a cultura fizeram mais parcerias e puderam proporcionar uma programação diferente daquela apresentada no restante das cidades envolvidas. Este é o esquema ideal de divulgação da cultura francesa e brasileira. Juiz de Fora foi uma surpresa muito agradável", entusiasma-se a adida cultural da França, em visita à cidade, Sylvie Debs.

Até o final de junho, quatro exposições, duas francesas e duas juizforanas, estão abertas à visitação. No Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), Pays Vert, Pays Noir (País Verde, País Negro) apresenta 62 fotografias contemporâneas e cinco reproduções de documentos de arquivo sobre paisagens criadas e modeladas pela bacia mineira do norte da França. Ainda no CCBM, Le Charbon, une Roche pas Comme les Autres (O Carvão, uma rocha que não é como as outras) usa 25 vitrines de vidro para explicar o carvão tanto do ponto de vista geológico, quanto de sua exploração e transformação. "São mostras de qualidade, escolhidas a dedo para evidenciar a contribuição de Minas Gerais na história conjunta da França e do Brasil." Ambas ficam em cartaz até o dia 30 de junho, de segunda a sexta, das 9h às 17h, e nos sábados, das 10h às 16h.

Foto da foto da exposição mostras Pays Vert, Pays Noir Foto de obra da exposição Le Charbon

Na Casa de Cultura da UFJF, Yeux des montagnes (Olhos das montanhas) é o olhar de sete mineiros sobre suas estadas na França, registrado em fotografias, vídeos e web arte. "A ideia é reunir as obras de amigos, que hoje estão na França, numa viagem plástica a algumas cidades francesas", informa o curador Pedro Salim. Nas salas estão fotografias do clima urbano de Paris, performances de dança, vídeos sobre o fluxo das águas e arte interativa via web. A exposição está montada até o dia 27 de junho e pode ser visitada das 13h30 às 19h30.

Foto de fotos da exposição Yeux des montagnes Foto de fotos da exposição Yeux des montagnes Foto de fotos da exposição Yeux des montagnes

No Museu de Arte Murilo Mendes (MAM), Nadar 35 Capucines apresenta retratos de personalidades francesas e da família real brasileira, feitos pelo fotógrafo francês Félix Nadar e seu filho, Paul. Todos são pertencentes ao acervo do Museu Mariano Procópio. Entre os fotografados estão Sarah Bernhardt, Alexandre Dumas, Santos Dumont, Emile Zola, Charles Baudelaire, Julio Verne, Victor Hugo e Charles Gounod. Os retratos ficam expostos até 12 de julho, de terça a sexta, das 10h às 18h, e nos finais de semana, das 13h às 18h.

Ao longo do ano estão previstas as exposições Social em Movimentos, na Casa de Cultura, do dia 22 a 27 de setembro, e 100X França, no CCBM, de 17 de setembro a 18 de outubro. A apresentação da orquestra Le Poeme Harmonique também integra os eventos do Ano França-Brasil, com o concerto na Igreja do Rosário, no dia 24 de julho.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes