Oito funcionárias terceirizadas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) registraram denúncias de assédio sexual na instituição e no  Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana (Sinteac) levou a denúncia para a Polícia Civil. O Sinteac relata que entregou um ofício à UFJF, também cobrando informações sobre o assunto.

O caso envolveria dois servidores do quadro efetivo da instituição, que supostamente assediaram as oito trabalhadoras que registraram a queixa. Ainda não foi informado o que ocorreu com os dois acusados.

Em comunicado enviado à Acessa,  a UFJF lamentou profundamente a ocorrência de casos de violência contra mulheres e está atuando desde maio, quando teve registro do primeiro caso, para acolher e orientar as vítimas e tomar as providências necessárias frente à gravidade das denúncias apresentadas. A UFJF confirmou que tomou conhecimento da primeira denúncia no dia 23 de maio deste ano, por meio da Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas e, a partir desta data, orientou as vítimas para que registrassem boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, visto a natureza das denúncias, e também para que buscassem serviços de saúde para atendimento e acompanhamento.

Ainda de acordo com a UFJF, no dia 7 de junho, por meio da Diretoria de Integridade e Controle Institucional da UFJF, foi instaurado o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) referente ao caso. Consequentemente, foi formada uma comissão específica para apurá-lo. Todos os procedimentos disciplinares são cadastrados no sistema CGU-PAD, da Controladoria-Geral da União.

Respaldada pelo Estatuto do Servidor Público Federal, a UFJF realizou há mais de um mês, no dia 15 de junho, o afastamento dos servidores denunciados do exercício de seus cargos. Neste meio tempo, a Ouvidoria Especializada da UFJF seguiu com o acolhimento às oito mulheres que se apresentaram oficialmente.

A Universidade afirmou que há uma reunião oficial marcada com o Sinteac nessa quarta-feira (20), após contato feito pela representação sindical com a instituição. "A UFJF reforça seu papel fundamental no enfrentamento às múltiplas formas de violência contra as mulheres, combatendo veementemente qualquer agressão e coibindo e punindo todas as formas de violência de gênero em nossos espaços. Por meio de educação e sensibilização da comunidade acadêmica, criação de espaços de escuta, acolhimento e encaminhamentos, buscamos a construção de um ambiente seguro e democrático que não tolera violências e abusos sexuais e de gênero".

A Polícia Civil, por meio da  titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), delegada Alessandra Aparecida Azalim, afirmou que os levantamentos sobre o caso estão sendo realizados e outras informações devem ser divulgadas em momento oportuno, a fim de não prejudicar a apuração.

Colaboração da Treinee Isabella Oliveira do 8° Período de Jornalismo do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora


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