Pol?cia militar e civil buscam se aproximar da comunidade Policiais e agentes penitenci?rios participam de curso, objetivo ? conscientizar a popula??o de que ela tamb?m ? respons?vel pela seguran?a de seu bairro

Thiago Werneck
Rep?rter
01/12/2007

O foco ? a qualidade de vida e o maior desafio ? fazer com que a popula??o tamb?m ajude na seguran?a p?blica. ? para difundir esse conceito de pol?cia comunit?ria que 19 policiais militares, dez policias civis e tr?s agentes penitenci?rios participaram do Curso Nacional de Promotor da Pol?cia Comunit?ria.

O objetivo ? fazer com que a popula??o de cada bairro ajude a pol?cia atrav?s dos Conselhos de Seguran?a P?blica. Representantes dos moradores s?o eleitos para discutir junto com um policial civil e um militar as demandas de preven??o ao crime da sua regi?o. "A comunidade tamb?m tem responsabilidade na seguran?a e vai ajudar. O dever deles n?o ? s? chamar a pol?cia" diz o delegado de pol?cia Eurico Cunha Neto (foto abaixo ? esquerda).

A integra??o entre pol?cias militares e civis ? o carro chefe da mudan?a. O trabalho conjunto das duas corpora?es ? incentivado pelo estado e busca otimizar os trabalhos de seguran?a p?blica. "E a popula??o tem que entender que j? est? previsto na constitui??o que ela tamb?m deve promover e cobrar medidas que garantam a seguran?a", refor?a Eurico.

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delegado Eurico "Os moradores devem mudar a id?ia de que para tudo que tem de errado deve se chamar a pol?cia", diz Eurico. O delegado d? o exemplo. "Em um local em que posso haver muitos assaltos em determinada ?rea do bairro. O cidad?o verifica que o lugar tem pouca ilumina??o, j? liga para Cemig e pede provid?ncias. Muitas pessoas esperando muito tempo no ponto de ?nibus em hor?rio da noite, liga para empresa e pede outros hor?rios. Esses s?o exemplos simples, em que a atitude do morador pode evitar crimes", diz.

O delegado lembra que atrav?s das ?reas Integradas de Seguran?a P?blica (AISP's) os Conselhos de Seguran?a P?blica dos bairros se re?nem com a pol?cia. "Os AISP's v?o ser o grande elo de liga??o e os policiais que hoje fazem esse curso ser?o os respons?veis por implementar essa nova filosofia de trabalho da pol?cia. Ela j? existe em outros pa?ses e ganha for?a agora em Juiz de Fora".

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Major Campos "O ideal ? que atuando com cada AISP tenha um Conselho de Seguran?a P?blica do Bairro", afirma o o rela?es p?blicas da PM, Major Lucio Mauro Campos (foto acima ? direita). As ?reas integradas de seguran?a ainda n?o t?m espa?o f?sico montado, com pol?cia militar e civil lado a lado, mas a a?es dos comandos regionais j? ocorrem de forma integrada.

"Est? em processo de licita??o a constru??o dessas estruturas f?sicas. Mesmo assim, delegado regional e o coronel da pol?cia militar trocam informa?es e prestam contas juntos para a SEDS (Secretaria do Estado de Defesa Social)" , diz o Major Campos.

O curso

Esse foi o quinto Curso Nacional de Promotor da Pol?cia Comunit?ria que aconteceu em Juiz de Fora. Aos poucos, integrantes de outras corpora?es se juntam a Pol?cia Militar e Civil. "N?s come?amos com esse projeto, chamamos a Pol?cia Civil e, agora, agentes penitenci?rios e Corpo de Bombeiros come?am tamb?m a participar", conta Major Campos.

Todos eles passaram por 5 dias de aulas e est?o aptos a ministrar cursos para promover a id?ia de pol?cia comunit?ria. De acordo com Major Campos, todos os participantes s?o volunt?rios. "Eles foram escolhidos pelo perfil e por terem uma nova mentalidade, uma nova forma de pensar a pol?cia", avalia.

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do curso da PM Foto 
do curso da PM Foto 
do curso da PM

Para o major, o foco sempre ? a qualidade de vida. "A partir do momento em que o projeto estiver funcionando os moradores podem se sentir mais seguros, pois al?m da pol?cia, eles mesmos v?o atuar em favor da seguran?a p?blica".

O delegado Eurico destaca que essa ? uma medida de seguran?a preventiva e inteligente da pol?cia. "Professores da pol?cia e l?deres comunit?rios tamb?m j? fizeram o mesmo curso. Estamos avan?ando muito nesse sentido de filosofia de integra??o na busca de melhorar a seguran?a p?blica", completa.