SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma ex-afilhada de R. Kelly, 55, afirmou ter mantido relações sexuais "centenas de vezes" com o cantor antes de completar 18 anos. Atualmente, ela tem 37 anos e usa o pseudônimo Jane. Segundo o site TMZ, ela se apresentou nesta quinta (18) no julgamento federal do artista, em Chicago.

Ela afirmou que tinha apenas 15 anos quando começou a ter relações sexuais com o então padrinho. Jane disse que não conseguia dizer não por se sentir intimada demais. Ela teria pedido para Kelly ser seu padrinho em 1990, quando tinha apenas 13 anos.

Segundo a suposta vítima, a primeira interação sexual entre os dois foi quando ela tinha cerca de 14 anos, e o cantor tocou seu seio dentro de um estúdio de gravação em Chicago. Jane afirmou que as relações sexuais aconteciam na casa do artista, no estúdio de gravação, ônibus de turnê e até mesmo em quartos de hotel.

Jane contou que ele também fazia sexo com outras adolescentes que a mandava recrutar. Em setembro de 2021, ele foi condenado por tráfico sexual, em um júri que aconteceu no tribunal federal do Brooklyn durante cinco semanas e meia. Os jurados deliberaram por pouco mais de um dia antes de votarem pela condenação em todas as acusações.

Deveraux Cannick, advogado de Kelly, disse a jornalistas do lado de fora do tribunal que a defesa estava "desapontada". A audiência de sentença foi marcada para o dia 4 de maio de deste ano. O cantor, cujo nome completo é Robert Sylvester Kelly, é uma das pessoas mais influentes julgadas por crimes sexuais depois do movimento #MeToo, que amplificou as acusações que o perseguiam desde o início dos anos 2000.


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