SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O mundo literário foi pego de surpresa na noite desta quarta-feira (24), quando o jornal The Independent publicou a notícia de que a escritora Elena Ferrante teria morrido. A notícia dizia que a seu editor, Sandro Ferri, tinha confirmado a informação. Mas o susto demorou pouco mais de meia hora, quando a notícia saiu do ar.
Na verdade, a informação circulava no Twitter desde às 20h, num perfil do Twitter com o nome de Editorial Lumem, imitando uma das casas que publica os textos da autora em espanhol. Cerca de uma hora e meia depois de essa conta anunciar a morte da autora em Roma, a pegadinha foi revelada: "Esta conta é uma farsa criada pelo jornalista italiano Tommasso Debenedetti". Minutos depois, a página foi tirada do ar e alterada para o nome Pino J. Picchio.
Seu nome é velho conhecido do mundo das armadilhas virtuais e fake news envolvendo grandes nomes. Seu tuítes já mataram o papa Bento 16, Fidel Castro, Pedro Almodóvar e já fez declarações falsas em nome do presidente afegão Hamid Karzai, de um ministro espanhol e do presidente sírio Bashar al-Assad.
Em entrevista ao jornal The Guardian, em 2012, Debenedetti afirmou que faz esse tipo de pegadinha para mostrar como as redes sociais não são confiáveis como fonte de informação. "A mídia social é a fonte de informação mais inverificável do mundo, mas a mídia acredita nela por sua necessidade de ser veloz", disse ele.
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