BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O jornal Folha de S.Paulo pediu aos candidatos à Presidência que falassem qual é a a obra de arte preferida de cada um --um livro, um filme ou uma música que eles considerem que tenha sido o mais importante de suas vidas.
As respostas incluem longas como "De Volta para o Futuro", de Robert Zemeckis, e "Auto da Compadecida", de Guel Arraes, a músicos como Vinicius de Moraes e Wilson das Neves, passando ainda por quadrinhos da Liga da Justiça e livros do atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes.
Os candidatos Ciro Gomes, Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro e Eymael não responderam ao questionário. Leia a seguir as respostas.
QUAL OBRA DE ARTE MAIS MARCOU A SUA VIDA?
Ciro Gomes (PDT)
Não respondeu
Constituinte Eymael (DC)
Não respondeu
Felipe D'Avila (Novo)
"O compositor brasileiro que mais me influenciou foi Vinicius de Moraes. Como sempre fui fascinado pelas palavras, ao me deparar com a música dele, que era capaz de combinar as mais lindas palavras com as mais lindas melodias, ficava fascinado. Uma música que me ajudou a lapidar mais as palavras, a treinar o olhar para os detalhes e para os sentimentos, que me enriqueceu como ser humano é 'Eu Sei que Vou Te Amar.'"
Jair Bolsonaro (PL)
Não respondeu
Lula (PT)
Não respondeu
Léo Péricles (UP)
"A música 'Vazio', do grande sambista Roberto Ribeiro"
Pablo Marçal (PROS)
"Com 11 anos de idade, ganhei o livro 'Pai Rico, Pai Pobre', de Robert Kiyosaki e Sharon Lechter, e a leitura impactou minha vida. Forjei ali muitos conceitos que nortearam minhas ações desde a adolescência até hoje.
Na adolescência eu assisti a 'De Volta para O Futuro', com Michael J. Fox, sendo muito influenciado pela ideia de que o futuro é feito pelas nossas decisões no presente. Outro filme marcante para mim, 'A Vida É Bela', de Roberto Benigni, me mostrou o quanto a percepção da realidade norteia como nos sentimos e agimos e que eu posso escolher outro ângulo de observação para ressignificar experiências e seguir em frente.
Quando entrei para a faculdade de direito, os livros do mestre e jurista Alexandre de Moraes, hoje presidente do TSE, eram os mais lidos por mim. Anos mais tarde eu leria, entre outras obras, o livro 'Inteligência Emocional', de Daniel Goleman e seria novamente impactado pelo conteúdo."
Simone Tebet (MDB)
"Aos 9 anos eu sabia declamar 'O Navio Negreiro', de Castro Alves, inteiro. Até hoje ainda sei algumas partes. Sou admiradora também de Fernando Pessoa, Mário Quintana e Manoel Barros.
No gosto musical, sou bem eclética. Dos clássicos ao sertanejo, que é da minha terra, Mato Grosso do Sul, passando pelo rock, que é da minha geração, gosto de várias bandas e artistas. Elis Regina, Marisa Monte e Édith Piaf são muito marcantes até hoje. Legião Urbana, para mim, é uma banda imbatível no Brasil, adoro. Elvis Presley e Freddie Mercury também.
No cinema, me marcou muito 'Central do Brasil', com atuação inesquecível da Fernanda Montenegro, e 'O Auto da Compadecida'. Também sou fã dos filmes Marvel. E, na infância, eu lia muita poesia estimulada por minha mãe, Fairte, e também os quadrinhos da Liga da Justiça."
Sofia Manzano (PCB)
"O samba 'O Dia em que o Morro Descer e Não For Carnaval', de Wilson das Neves. Além de ser um samba clássico, tem a capacidade de condensar as principais contradições do capitalismo brasileiro: violento, segregador, excludente. Wilson das Neves foi um autêntico sambista, compositor de primeira linha e que hoje é seguido pelo rap na capacidade de expressar na arte musical a realidade brasileira."
Soraya Thronicke (União)
"Uma obra que muito me marcou foi o livro 'O Poder do Agora', de Eckhart Tolle. Seu conteúdo me trouxe uma consciência importante, me concedeu centramento. Me ensinou a separar o urgente do importante. Entre outras frases incríveis deste livro, uma é muito especial para mim: 'É necessário que as coisas acabem, para que as coisas novas aconteçam'."
Vera Lucia (PSTU)
"'O Auto da Compadecida', dirigido por Guel Arraes, baseado na peça teatral 'Auto da Compadecida', de 1955, de Ariano Suassuna. Numa forma lúdica, de comédia, ele denuncia a forma como o sertanejo vive e as suas dificuldades. Ao mesmo tempo, questiona os serviços públicos, a forma como a Igreja serviu aos grandes capitalistas."
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