SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fernando Grostein Andrade questionou a Ambev nas redes sociais por manter o patrocínio da Budweiser a Neymar depois que o jogador declarou apoio a Bolsonaro na eleição.

Andrade, que é cineasta e lançou recentemente o documentário "Quebrando Mitos", sobre o presidente, publicou uma mensagem na internet nesta quarta (5) pedindo coerência da marca em relação à responsabilidade social.

"Bolsonaro tem uma série de falas e ações homofóbicas e outras contra a preservação da Amazônia. Bolsonaro tem evidências de ligação com milícia. Com quem explora a fé alheia para ganhar dinheiro", escreveu.

O cineasta afirma que já foi contratado pela Ambev para fazer vídeos sobre o trabalho social da empresa, que também fabrica outras cervejas, como Skol e Brahma.

"O que adianta aparência sem essência? Que tal coerência? Quantos votos Neymar não puxou para Bolsonaro? Cadê a responsabilidade, em especial de uma empresa que lucra com álcool, que em muitos casos pode ser ligado a violência e alcoolismo? O que adianta dar bolsa de estudos aos jovens com uma mão e contribuir de forma indireta com quem apresenta armas como solução da violência a periferia", escreveu Andrade.

Procurada pela coluna Painel S.A., a Ambev diz que apoia a democracia e tem parceiros com visões diferentes. "Em nosso ecossistema, temos diversos parceiros e parceiras com visões diferentes e respeitamos os múltiplos pontos de vista. Acima de tudo, apoiamos a democracia. O diálogo, a liberdade e a pluralidade são valores em que acreditamos e fomentamos", afirmou a empresa em nota.

Neste domingo (2), ao sair para votar, Grostein Andrade, que está no exterior, disse ter recebido ameaça de morte de uma pessoa que vestia uma camiseta com o trocadilho "Cuscuz Clã", em referência ao movimento racista norte-americano KKK.


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