RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Marcelo Adnet não vai mais imitar o presidente Jair Bolsonaro. Não é uma decisão definitiva, mas o ator assumiu que gostaria de colocar uma das suas imitações mais icônicas em uma galeria de personagens inesquecíveis.

"Super gosto de imitá-lo porque é uma desconstrução. Só que acho que Bolsonaro precisa ficar no passado. Ele é um personagem do passado. A ideia é parar", explicou, em evento da revista GQ, na noite desta quinta-feira (3), no Copacabana Palace.

Considerado um dos melhores imitadores do país (sua versão de Silvio Santos já foi elogiada pelo próprio), Adnet sabe que anunciar o fim definitivo de um personagem tão marcante de seu repertório pode ser uma decisão precipitada, por isso, não quer ser inflexível em relação a isso. "Posso dar só um tempo. Quem sabe?".

O ator, humorista e -cada vez mais- compositor de escola de samba não quis se estender muito quando o assunto descambou para a política, mas disse ao F5 que se sente aliviado com a volta do Ministério da Cultura, promessa do presidente eleito no último dia 30, Luiz Inácio Lula da Silva. A pasta foi rebaixada a Secretaria na gestão de Jair Bolsonaro.

Adnet não tem nenhum palpite sobre quem assumirá o MinC, mas espera que o cargo seja ocupado por alguém "construtivo". "Nós só vimos ministros destrutivos, como os do Meio Ambiente e da Cultura, para citar dois exemplos. Vimos nomes tradicionais sendo afastados ou sendo engolidos. Chega!. A gente quer agora é construir", disse.


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