SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Regina Duarte, 75, divulgou nas redes sociais um pedido para que os eleitores do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usem um adesivo com a estrela do PT na porta dos seus respectivos comércios.
A atriz e ex-secretária de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL), no entanto, foi duramente criticada por conta da publicação. Alguns internautas apontaram semelhanças entre o pedido e o boicote a judeus durante o regime nazista contra os israelitas, na Alemanha.
"Nazista", comentou a atriz Alessandra Maestrini. "O que é isso, Regina Duarte? Ideia no estilo nazista? Você apoia a separação de pessoas por ideologia política?", perguntou um internauta. "Que atitude nazista", escreveu outro.
Em 1 de abril de 1933, como uma primeira ação orquestrada do regime, os nazistas determinaram que os "alemães puros" não deveriam comprar em estabelecimentos comerciais identificados como sendo de propriedade de judeus. A regra também afetava prestadores de serviços de saúde e profissionais do Direito.
GRITOS EM TEATRO
No fim do mês passado, a ex-secretária de cultura do governo Bolsonaro ouviu gritos de ordem contra o presidente ao deixar um musical, em São Paulo, de acordo com vídeos publicados nas redes sociais.
Nas imagens, a atriz aparece sorrindo e ignorando as pessoas ao seu redor, que gritam "Fora, Bolsonaro", "Fora, Genocida" e "Fora, Fascista".
Em junho de 2020, Regina foi exonerada do posto de secretária especial da Cultura. Na época, Bolsonaro afirmou que Regina estava com saudade da família e que a mudança seria para o "bem" dela, em respeito ao "passado" da atriz.
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