RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ator Reynaldo Gianecchini diz que chegou a pensar que não se animaria com o Carnaval deste ano. "Mas me rendi, porque é o Carnaval da alegria, da esperança, em que todo mundo está renovando a vontade de estar vivo e podendo curtir", diz ele à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, no Camarote Arara, na Marquês de Sapucaí, na madrugada desta terça-feira (21).

O ator estreará em março em São Paulo o espetáculo "A Herança", que tem o ator Bruno Fagundes como protagonista e produtor. "Está sendo um processo bem intenso, mas a peça é muito maravilhosa", diz. A produção é uma adaptação de um texto que fez muito sucesso nos Estados Unidos e que tem temática LGBTQIA+. "Eu acho que é uma peça importante e que fala de coisas muito bonitas", comenta.

Gianecchini adianta que o seu personagem é um homem que viu muitos amigos morrerem vítimas de Aids nos anos 1980 e, por isso, "é um pouco endurecido". "Ele é um gay republicano, o que seria no Brasil um gay bolsominion", compara. O ator acrescenta que está ansioso para ver a reação do público ao espetáculo. "É uma peça bem ousada, mas que lá fora causou muita comoção. A plateia tinha uma catarse. A gente quer saber como vai ser a reação do povo brasileiro."


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