Ao som de uma flauta transversal, a Prefeitura de Juiz de Fora inaugurou o segundo pavimento do Museu Mariano Procópio, nesta sexta-feira(3), após 15 anos fechado. O evento contou com a presença de autoridades, servidores da instituição, integrantes do Conselho Amigos do Museu e de profissionais de setores históricos e culturais da cidade.
A Prefeita Margarida Salomão fez um discurso de abertura enaltecendo todos os trabalhadores que se dedicaram para que a reabertura acontecesse. "Foram muitas mão, muito trabalho e uma das minhas principais preocupações ao assumir a gestão foi com a reabertura total do Museu. Agora toda população poderá ter acesso a arte, a belíssima exposição é para todas e todos". Margarida completou dizendo que quer todo o local aberto para visitação e no aniversário de Juiz de Fora, abrirá a Vila do Museu.
Maria Lúcia Horta Ludolf de Mello, diretora do Mapro, começou homenageando e dedicando a reabertura a Alfredo Ferreira Lage, advogado, fotógrafo e jornalista brasileiro, filho de Mariano Procópio Ferreira Lage e fundador do Museu Mariano Procópio. Para a diretora, a exposição "“Fios de Memória: a formação das coleções do Museu Mariano Procópio”, é muito rica e conta com um acervo gigantesco, a qual toda população poderá visitar.
Segundo a Prefeitura, excepcionalmente neste primeiro fim de semana da exposição “Fios de Memória: a formação das coleções do Museu Mariano Procópio”, nos dias 4 e 5 de março, o Museu Mariano Procópio funcionará das 9h às 16h para que todos os visitantes que vieram conferir a possam ter a oportunidade de visitar o espaço que marca a reabertura do segundo andar do Museu.
Várias obras estão presentes no espaço, como algumas das inúmeras obras que compõem a pinacoteca da fundação. Entre elas, as pinturas estrangeiras como, “Bord’s de L’Oise”, de Charles François Daubigny, considerado um dos precursores do impressionismo francês, “Jardin des Plantes”, de Jules Scalbert e “Après Midi en Holland”, de Willem Roelofs, artista holandês do século XIX, sendo esta, sua única obra que se encontra fora da Holanda na atualidade.
Pinturas brasileiras também abrilhantaram a inauguração e fazem parte da exposição, como “Folhas de Outono”, do pintor sergipano Horácio Hora, um importante representante do romantismo; “Jornada dos Mártires”, de Antônio Parreiras, que retrata a passagem e Tiradentes e os inconfidentes pelo município de Matias Barbosa, cidade vizinha a Juiz de Fora, se tornando uma das mais importantes obras sobre a Inconfidência Mineira; e “Bandeirante”, de Rodolfo Amoêdo.
Foram apresentados também, alguns traços biográficos do fundador da instituição, Alfredo Ferreira Lage, bem como diversos aspectos de suas coleções, como o caráter eclético, a influência feminina e os vínculos com as memórias monárquicas. Serão abordados, também, as mudanças e permanências que marcaram o perfil das coleções da instituição após o seu falecimento, em 1944. Por último, serão sinalizados determinados desafios interpostos aos museus pela sociedade contemporânea, no sentido de reinterpretar e ressignificar suas coleções, visando ao cumprimento dos papéis sociais dessas instituições no presente e no futuro.
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Museu do amanhã | Reabertura
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