RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Diretores e roteiristas do audiovisual nacional vão a Brasília em maio para levar às autoridades uma antiga reivindicação da classe: a implementação no país do direito à remuneração pela exibição pública de suas obras, assim como ocorre com a categoria dos compositores.
As primeiras tratativas para audiências com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e também com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, já estão sendo feitas.
"O direito à arrecadação de direitos autorais pela exibição das nossas obras é uma reivindicação histórica e esperamos que o Legislativo e o Executivo brasileiros entrem em ação", diz o roteirista Thiago Dottori, da série "Segredos de Justiça" e dos recentes filmes da Turma da Mônica.
Ao contrário do que já ocorre em países como Argentina, Chile, Colômbia, México, Espanha e França, o Brasil ainda não regulamentou essa remuneração adicional e não reconhece que estes profissionais tenham direito a receber pela múltipla exposição de suas obras.
A comitiva em Brasília vai então defender que as exibições dos trabalhos no audiovisual (na TV aberta ou canais fechados, no cinema ou no streaming) deveriam render aos autores remuneração além daquela paga pela prestação do serviço, da mesma forma que o uso de uma música nessas plataformas gera receita aos seus compositores.
Carol Kotscho ("Flores raras" e "Dois Filhos de Francisco"), e Sylvio Back ("O Universo Graciliano", "Lost Zweig") também fazem parte do grupo, que terá representantes na capital federal depois do congresso mundial da Confederação Internacional de Autores Audiovisuais, no Rio, no início de maio. O evento acontece no Brasil pela primeira vez.
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