SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ministra da Cultura, Margareth Menezes, se emocionou e chegou a ficar com os olhos marejados ao ser informada que a Fundação Palmares revogaria a portaria do governo de Jair Bolsonaro (PL) que vetou homenagens a personalidades como a escritora Conceição Evaristo e os cantores Gilberto Gil e Martinho da Vila.

Durante uma reunião com dirigentes do Ministério da Cultura realizada na terça-feira (4), o presidente da fundação, João Jorge Rodrigues, pediu licença para "anunciar boas notícias" -e falou da revogação. Segundo relatos, a chefe da pasta se emocionou, abraçou Rodrigues e ambos foram ovacionados pelos participantes da reunião.

A gestão anterior da Palmares proibiu deferências, no site da instituição, a figuras negras que ainda estão vivas. Na época em que a medida foi tomada, foram retiradas do ar homenagens a 27 pessoas, o que levou ativistas e políticos a acusarem o governo Bolsonaro de perseguição.

Nesta quarta-feira (5), uma portaria assinada por João Jorge Rodrigues suspendeu a obrigatoriedade de que as homenagens fossem póstumas e criou um grupo de trabalho para propor um novo ato normativo.

Procurado pela reportagem, o presidente da Fundação Palmares diz que sua intenção com a mudança é "contar a história do Brasil atual pelo caminho correto", enaltecendo pessoas que contribuíram para o país. "É uma primeira medida simbólica da Palmares na gestão da ministra Margareth Menezes", diz.

"E vamos ter novos nomes de diferentes lugares do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Amapá, de pessoas que fizeram bem ao país. Vai ser muito mais nacional. Vamos agradar os brasileiros desde Porto Alegre ao Acre e à Paraíba, negros e não negros", finaliza.


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