SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ator colombiano John Leguizamo, de 62 anos, afirmou que está boicotando "Super Mario Bros.", animação recém-lançada nos cinemas que marca o retorno do clássico personagem dos games da Nintendo às telonas.
Em entrevista ao TMZ, Leguizamo, que construiu carreira em Hollywood, disse que "de jeito nenhum" assistiria à nova adaptação. O ator interpretou o coadjuvante Luigi, um americano descendente de italianos, no filme de 1993 --que foi mal de bilheteria e crítica, mas acabou se tornando cult.
O ator Jonh Leguizamo (à esq.) e o Mario do novo filme, cuja voz no idioma original é de Chris Pratt Angela Weiss/AFP e Divulgação O ator Jonh Leguizamo (à esq.) e o Mario, cuja voz no idioma original é de Chris Pratt **** "Eles poderiam ter incluído um personagem latino", disse o artista referindo-se ao novo filme. "Eu fui inovador e eles pararam de ser inovadores. Estragaram [o aspecto da] inclusão."
Leguizamo afirmou que a animação da Universal e da Illumination, que traz Chris Pratt dando voz a Mario e Charlie Day a Luigi, é uma produção segregadora. O personagem Mario também é americano de raízes italianas.
Apenas escale alguns latinos! Nós somos 20% da população. O maior grupo não branco, e somos mal representados."
O ator não mencionou na entrevista o fato de Anya Taylor-Joy, a atriz que dá voz à Princesa Peach, ser filha de pai argentino.
Não foi a primeira vez que Leguizamo criticou a nova produção. Em outras entrevistas e no Twitter, ele já havia demonstrado insatisfação com a ausência de atores latinos na animação --pelo menos nos papéis de Mario e Luigi.
Em entrevista ao site IndieWire, em novembro de 2022, o ator relembrou que os diretores do filme de 1993, Annabel Jankel e Rocky Morton, tiveram de "lutar muito" para Leguizamo ser escalado como Luigi.
"O estúdio não me queria como protagonista", disse.
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