RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - De volta ao horário mais nobre da grade de programação da Globo, Gloria Pires diz que vai resgatar um dos papéis mais marcantes de sua carreira em "Terra e Paixão", que substituirá "Travessia" no início de maio.

É Maria de Fátima Accioli. Na visão da atriz, de 59 anos, Irene La Selva, sua personagem no novo folhetim de Walcyr Carrasco, é uma vilã aos moldes daquela escrita por Gilberto Braga para "Vale Tudo" no fim dos anos 1980, capaz de vender o próprio filho e deixar a mãe sem teto.

Prova disso é que, no início da trama, Irene, com o marido Antônio, interpretado por Tony Ramos, manda matar um pequeno fazendeiro porque tem interesse em tomar suas terras, onde há água em abundância. Ela acredita que, ao deixar a mulher dele viúva, será mais fácil conquistar seu objetivo.

O público logo perceberá que Irene é como Maria de Fátima, diz a atriz. "Irene não é maniqueísta. Isso tira toda a obviedade que a gente espera de um vilão. Ela traz essa interrogação muito interessante que, em alguns momentos, a gente fica em dúvida entre amá-la ou odiá-la. Isso é um convite para o público opinar e participar da construção da narrativa."

"Terra e Paixão" é a primeira novela das nove de Gloria Pires depois de "O Outro Lado do Paraíso", que estreou há cinco anos. A trama, que se passa no ambiente rural, em Mato Grosso do Sul, é uma aposta da emissora para superar o fracasso de "Travessia", de Gloria Perez, que teve dias com a pior audiência da história para uma folhetim deste horário.

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O repórter viajou a convite da Globo


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