SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O diretor do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, saiu em defesa do filme escolhido para abrir a edição deste ano do mais importante festival de cinema do mundo, "Jeanne du Barry". A escolha foi vista como controversa por dar destaque a Johnny Depp, ator que colecionou polêmicas nos últimos meses e que protagoniza a trama.

Elas vieram na esteira de um longo e penoso processo entre o americano e sua ex-mulher, a também atriz Amber Heard. Apesar de ter saído vitorioso, Depp teve a imagem manchada por acusações de violência e assédio e por uma condução do caso lida por muitos como misógina -incluindo a tentativa de anexar fotos da ex-mulher nua, vazadas anos antes, ao processo.

"Isso não tem nada a ver com o festival, especialmente porque ficamos sabendo da existência dessas reclamações somente após anunciarmos 'Jeanne du Barry' como filme de abertura", disse Frémaux, que considera que a escolha não foi controversa.

"Se Johnny Depp tivesse sido banido da indústria, seria um caso diferente, mas não foi isso o que aconteceu. Nós sabemos de apenas uma coisa, que houve o envolvimento do sistema legal e que ele venceu a ação."

Em "Jeanne du Barry", dirigido por Maïwenn, Depp vive o rei Luís 15. A trama acompanha sua relação com uma de suas amantes, filha ilegítima de uma costureira que, no século 18, consegue ascender e conquistar prestígio na corte francesa. O Festival de Cannes começa no dia 16 de maio.


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