SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Reunião desta quarta-feira (14) do conselho curador da Fundação Padre Anchieta, que mantém a TV Cultura, foi marcada por tensão a partir de manifestação da secretária de Cultura do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Marília Marton, em relação ao caso Josias Teófilo.
Como revelou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, ela sugeriu a indicação do cineasta pernambucano, autor de filme sobre Olavo de Carvalho, para compor o conselho, mas recuou diante de reação negativa imediata de conselheiros. Nesta quarta, cobrou os conselheiros a respeito do vazamento da informação e se queixou do que classificou como falta de abertura para a diversidade no conselho.
Ela também reclamou do fato de Aldo Valentim, nome que escolheu após o veto a Josias, ter sido aprovado para compor o conselho com porcentagem de votos menor do que a dos demais indicados. Valentim, professor e ex-secretário nacional de Economia Criativa do governo Jair Bolsonaro (PL), recebeu 70% dos votos dos conselheiros nesta quarta-feira, quando, pela primeira vez na história do órgão, todos participaram de uma votação da FPA.
Segundo relato de presentes à coluna Painel, Marton disse que o fato de o seu indicado ter ficado em último na lista de oito conselheiros novos ou reconduzidos era mais uma evidência de falta de abertura para a diversidade por parte do conselho.
Na terça-feira (13), ao comentar o veto na reunião de maio, a secretária disse ao Painel que os conselheiros tiveram postura preconceituosa com Josias, que eles só são tolerantes com o que querem ouvir e que o conselho teria atuação melhor se fosse múltiplo. Ela também afirmou que não desistiu de colocá-lo na FPA.
Além de Valentim, tornaram-se conselheiros da FPA André Lahoz Mendonça e Barros, Eugênio Bucci, Eunice Aparecida de Jesus Prudente e Lígia Cortez. Foram reconduzidos Gaudêncio Torquato, José Renato Nalini e Renata Tupinambá.
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