SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Poliana Abritta, apresentadora do Fantástico, fez coro com sua dupla Maju Coutinho ao discutir a diversidade no programa, que completa 50 anos no próximo domingo, nas telas da TV Globo.

Aos 47 anos, ela refletiu sobre o etarismo que as mulheres enfrentam na televisão e disse esperar que elas possam se aposentar tarde, assim como os homens.

Sérgio Chapelin, o primeiro apresentador do Fantástico, por exemplo, se afastou das câmeras só aos 78 anos, quando fazia o Globo Repórter.

"Já fui a novinha da Redação, mas estou envelhecendo. Só que o público espera que eu envelheça. Se ficar congelada, como fica a pessoa em casa que também está envelhecendo?", questionou Abritta em entrevista recente à Folha.

"A gente está mais livre para envelhecer ?e também para tentar diminuir as marcas do envelhecimento. Madonna é a prova disso."

À frente do programa há nove anos, Abritta acrescenta que "não existe tema que seja tabu no Fantástico". Ela destaca a maneira como o programa tratou a diversidade de gênero e de orientações sexuais.

"São temas que a sociedade ainda não sabe que está preparada para discutir, mas o Fantástico apresenta ?de forma didática, mas com o coração. Não existe transformação sem passar pelo coração. Não adianta empurrar uma mudança social goela abaixo."

A trajetória dos apresentadores do Fantástico será revista numa série documental a ser lançada no próximo domingo. Os cinco episódios, divididos entre as principais reportagens de cada década, ilustram também as mudanças do programa.


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