SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Xuxa foi tema de uma reportagem do jornal americano The New York Times nesta terça-feira (15). A apresentadora, citada como "a maior estrela da televisão brasileira", falou sobre sua carreira como rainha dos baixinhos.

"Eu era uma boneca, uma babá, uma amiga para aquelas crianças", disse à reportagem. "Eu era a Barbie daquele tempo. Ela usa um carro rosa, eu usava uma nave espacial rosa", disse.

A matéria cita como Xuxa, de olhos azuis, cabelos loiros e pele branca, se tornou referência para milhões de crianças brasileiras que queriam ser como ela ou uma de suas Paquitas -que obedeciam ao mesmo padrão estético.

Agora, com o documentário sobre sua carreira, Xuxa fala sobre a falta de diversidade em seus shows, além da sexualização de mulheres e o impacto de seu programa para uma população de maioria negra.

"Eu não via isso como errado naquela época. Hoje sabemos que está errado", disse ao jornal americano.

A reportagem cita, por exemplo, que na época em que Xuxa reinava na televisão brasileira o número de cirurgias plásticas decolou no país, sendo que muitos dos procedimentos começaram ainda na adolescência.

Apesar da apresentadora culpar a produção do programa no documentário, na entrevista ela admitiu que também assinou embaixo das decisões tomadas pelos seus superiores. "Deus, que trauma eu causei na cabeça de algumas crianças", disse.

Divulgação - Xuxa

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