RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Ao entrar no auditório que recebeu a mesa da Academia Brasileira de Letras na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, parte do público reagiu com bocas abertas e dedos apontados para o palco ao ver Fernanda Montenegro.

A longa fila formada nos corredores da Bienal neste domingo para assistir à palestra foi efeito da presença de dois dos mais recentes e celebrados acadêmicos. A atriz de 93 anos, responsável por apresentar o evento, tomou posse em março do ano passado. Gilberto Gil, 81, foi empossado um mês depois.

A Bienal do Livro fechou a edição de 2023 com mais de 600 mil visitantes e 5,5 milhões de livros vendidos durante os dez dias de evento. Em média, cada pessoa levou para casa nove exemplares.

A ABL não instalava um estande na Bienal desde 1997. Desta vez, além de um espaço de venda de livros, fez evento em um auditório que recebeu centenas de pessoas.

"Alegria de escritor é ver a casa lotada de prováveis leitores", disse o escritor baiano e membro da ABL Antônio Torres. Na ciranda literária, dez acadêmicos leram suas próprias obras. Ana Maria Machado, que também havia aberto o evento carioca, leu um capítulo de seu romance "Um Mapa Todo Seu", de 2015. Torres escolheu um trecho de "Um Táxi para Viena d'Áustria", de 1991.

Gil cantou e tocou violão. Último a ser chamado ao palco, emendou "João Sabino", "Cérebro Eletrônico" e "Aquele Abraço", esta acompanhada pelo coro do público.

"Que esse momento literário interessante se reproduza e se junte outros manifestos artísticos e culturais, que se desdobram pelo Rio de Janeiro o tempo todo", disse Gil.


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