SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Alok, 32, deu detalhes de como o pai, Juarez Petrillo, escapou do festival Universo Paralello, no sul de Israel. O evento foi interrompido no sábado (7), após o país sofrer ataque a bomba provocado pelo grupo radical Hamas.

"Como muitos de vocês sabem, no meio de toda essa angústia aqui, o meu pai tava no evento que aconteceu um grande massacre dos terroristas, que matou mais de 260 pessoas lá, são terroristas covardes", disse Alok em vídeo publicado no Instagram.

Emocionado, o DJ diz que o pai estava prestes a se apresentar quando o bombardeio teve início. "O evento foi interrompido e a polícia começou a evacuar, todo mundo saiu correndo. Meu pai também saiu correndo e conseguiu entrar num carro e sair de lá, o carro de trás que estava com conhecidos dele foi baleado, meu pai conseguiu se abrigar num bunker e ele ficou seguro lá".

Alok negou que o pai fosse responsável e produtor do festival em Israel. "Meu pai é o idealizador de um festival chamado Universo Paralello, que acontece no Brasil há mais de 20 anos".

Ele disse que produtores internacionais licenciam a marca. "E quando eles licenciam a marca, eles têm o direito do uso do nome e do visual. Tem identidade visual. Meu pai já licenciou para diversos países na Índia, México, Argentina, Europa, Tailândia, enfim. E foi a mesma coisa que aconteceu agora em Israel pela primeira vez".

Um produtor local, israelense, chamado Tribe of Nova, contratou a identidade visual e contratou meu pai para tocar também, e o direito do uso da marca. Tanto é que foi Tribe of Nova, apresenta, Supernova, que é o nome do festival, Universo Paralello Edition. Alok

Alok diz que toda a responsabilidade da organização, produção, execução, escolha do local, é feita pelo contratante local. Ele também disse que o local escolhido para o festival, próximo à Faixa de Gaza, é conhecido por receber "centenas de eventos" desde 2000. "Israel, pra quem não sabe, é um dos grandes polos assim da música eletrônica e desses tipos de perfis de festivais. E acontece com bastante frequência ali na região", disse.

O DJ ainda disse ter pouco convívio com o pai, com quem não mora há 15 anos. "Meu pai toca também, ele é DJ. Então, ele tá sempre viajando pelo mundo. Eu descobri que ele tava lá através da internet, e eu até queria ter mais convívio com o meu pai [...] Meu pai tá bem né, ele tá seguro, ele conseguiu chegar em Tel Al Viv ontem [segunda-feira (9)] e ele tá fazendo todo o esforço para voltar para o Brasil"

"Tudo que eu quero agora é poder abraçar ele, acolher ele, mas infelizmente muitas pessoas não vão poder fazer isso", disse Alok, chorando.


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