SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cantora e influenciadora Pepita contou ter sido vítima de transfobia na noite de sexta-feira (9) na zona sul de São Paulo. Segundo seu relato, ela discutiu com um segurança que trabalha na rua em que ela mora com o marido, Kayque Nogueira, e com o filho Lucca, de 2 anos.

Pepita disse que tudo começou quando Kayque pediu que o homem em questão fizesse um favor ao casal, ficando com uma entrega enquanto eles chegavam em casa. O homem teria respondido de forma grosseira por mensagem. Quando a artista telefonou para ele para entender o que tinha ocorrido, ele desligou na cara dela.

Depois, ao passar de carro pelo local em que o segurança estava, ela resolveu conversar com ele, que estaria dormindo naquele momento. Irritado com a abordagem, ele passou a tratar Pepita no masculino, chegando a chamá-la de "amigo". Ao pedir que ele a tratasse no feminino, ela foi ignorada.

"Imagina se eu não tivesse com meu filho dentro do carro, se eu estivesse sozinha dirigindo", disse a cantora em vídeo publicado nas redes sociais. "Eu acho que eu iria perder meu réu primário, com certeza."

Ela prosseguiu com o relato: "Ao tentar me coagir, ele ainda chamou um outro segurança, que como justificativa tentou dizer que 'essas coisas as pessoas estão aprendendo ainda'."

Pepita diz que chamou a polícia e aguardou em casa até a chegada de uma viatura. "É tanta porrada que a gente leva, que chega uma hora que não precisa de choro, de grito, não precisa ficar desesperada, nada disso. A gente só precisa de ajuda mesmo, sabe?", disse. "A gente já está cansada disso, de ter que ficar se provando, provando que sou ela. Eu estou ficando muito cansada, real."

Na sequência, ela registrou a chegada da polícia e escreveu nas redes sociais: "Eu vou até o fim!". Ela também comentou que estava procurando um advogado para representá-la no caso.

"Meus nervos tremem, deitei agora e só sei chorar", relatou no final da noite. "Quando a gente pensa que está forte e que as coisas estão melhorando é que vemos que ainda falta muito. Por que, meu Deus?"


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