RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Era para ser mais uma homenagem ao príncipe Harry, mas acabou virando uma polêmica. O caçula do rei Charles 3º recebeu o prêmio de "Lenda Viva da Aviação" por sua atuação no Exército Real Britânico das mãos do ator e também piloto John Travolta, em Los Angeles, nos EUA. Só que a premiação causou revolta entre alguns veteranos.

"Nomear o príncipe Harry como uma 'Lenda Viva da Aviação' é uma afronta aos heróis pilotos do Exército que realizaram feitos que Harry não realizou", afirmou o coronel Richard Kemp, em entrevista ao The Sun.

O oficial militar aposentado apontou que Harry não tem grandes feitos militares para ter direito. Ele citou os astronautas Buzz Aldrin e Neil Armstrong, que foram condecorados com o título como merecedores reais do prêmio.

"Harry é uma celebridade e uma pessoa muito conhecida, e é claro que isso dá publicidade a este prêmio e às pessoas que o estão promovendo", reclamou e acrescentou que outros veteranos tinham esse pensamento. "Mas há muitas pessoas no Afeganistão, no Iraque, na Síria que estão lutando contra o terrorismo", comentou Kemp.

O duque de Sussex completou duas viagens ao Afeganistão como controlador aéreo avançado e piloto de helicóptero Apache, tendo voado inúmeras missões de treinamento no Reino Unido, EUA e Austrália. No Afeganistão, atuou como controlador aéreo de 2007 a 2008 e como piloto Apache de 2012 a 2013.

Em seu livro de memórias, "Spare", Harry afirmou que tinha matado 25 pessoas enquanto servia ao Exército Britânico no Afeganistão, nos anos 2000, e esclareceu que não se sentia "orgulhoso nem envergonhado" pelo ocorrido.


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