Tropa de Elite
Filme de Jos? Padilha coloca em discuss?o a viol?ncia,
o tr?fico de drogas e a seguran?a p?blica
Rep?rter
11/10/2007
Depois de ser exibido em v?rias telinhas, o filme Tropa de Elite chega aos cinemas de Juiz de Fora. A pr?-estr?ia aconteceu na quarta-feira, 10 de outubro e sua estr?ia vai ser na sexta, dia 12 de outubro. Em coletiva ? imprensa, os atores Caio Junqueira, Andr? Ramiro e o produtor executivo James D?arcy disseram que a maior preocupa??o foi exibir uma realidade que ainda n?o havia sido mostrada no cinema: a da pol?cia.
"T?nhamos a no??o de que o filme ia atingir diversas camadas, j? que as diferen?as sociais
na nossa sociedade s?o t?o grandes. Mas ele provocou uma pol?mica geral"
, disse
Caio (foto abaixo ? esquerda). Andr? (foto abaixo ? direita) define o Tropa de Elite como bomb?stico. "Achei que ele causaria barulho entre as pessoas, mas ele provocou um estardalha?o"
.
James (foto abaixo ao centro) diz que "as pessoas se identificam muito com o filme. ? por isso que ele chama
a aten??o. Ele mostra alguma coisa de cada uma. E o Rio de Janeiro ? aquilo, tentamos mostrar o m?ximo poss?vel de realidade. Uma realidade sob o ponto de vista do policial,
o que preenche uma lacuna no cinema brasileiro"
.
O filme levantou quest?es sobre a viol?ncia e sobre a seguran?a p?blica. Segundo Caio esta ? a fun??o da arte. "Ela deve provocar debates. ? muito bom que n?o tenha passado em v?o. Vemos que a pol?tica de seguran?a p?blica
precisa ser mudada e n?o podemos culpar os policiais por estar dessa maneira"
. Andr? completa, dizendo que "? a partir destas quest?es levantadas
que as solu?es v?o ser procuradas. O Rio de Janeiro n?o precisa de mais pol?cia, e sim
de mais educa??o, cultura e lazer"
.
Viol?ncia gera viol?ncia?
James diz que n?o concorda com o fato de o filme estimular a viol?ncia (veja o v?deo).
"Ele leva mais ? reflex?o sobre as mudan?as que devem acontecer do que ao est?mulo ? viol?ncia. Muitas crian?as est?o assistindo e isso cabe aos pais vigiar"
.
A professora do departamento de Ci?ncias Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora
(UFJF), Beatriz Teixeira, diz que entre as cr?ticas de v?rias naturezas
a mais simplista ? a de que viol?ncia gera viol?ncia. "A mensagem do filme n?o ? essa.
Ele mostra o tr?fico de drogas como um problema, pois ? uma organiza??o armada que recruta pessoas para participar. E n?o mostra solu??o, pois o BOPE n?o ? solu??o"
.
A professora diz ainda que n?o acha apelativo na viol?ncia. "O que percebemos ?
que para minimizar a presen?a do tr?fico na favela, ? necess?rio mais Estado em todos os sentidos. Precisamos de pol?tica social e de melhoria no corpo policial"
, completa.
Andr? coloca que o objetivo n?o foi exaltar o BOPE. "Eles n?o s?o her?is. S?o pagos
para fazer aquilo, ? o of?cio deles. Quem sofre ? o povo, pois ? dif?cil reprimir o tr?fico.
Pessoas s? fazem discurso e n?o colocam a m?o na massa. ? disto que precisamos e ? muito
bom poder fazer atrav?s da arte"
.
Caio diz que uma mudan?a comportamental vai acontecer por causa do filme. "Ele vai provocar
consci?ncia"
. E Andr? completa. "Acreditamos que pode haver mudan?a. O ser humano tem a capacidade de transformar o que n?o est? bom. O que falta ? interesse real em fazer isto, pois as pessoas s? querem se dar bem atualmente"
.
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